«A partir deste dia, estamos a abandonar todos os mecanismos enganosos desse monstro, sejam eles a comissão permanente, comissões, reuniões, e a Cúpula das Américas», informou este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nicarágua, Denis Moncada, através de comunicado.
Depois de, em Fevereiro, o país centro-americano ter repudiado a sessão especial convocada pela OEA para abordar a situação no país, denunciando a subordinação do organismo à agenda de Washington, Moncada acusou a Organização de ser um «instrumento diabólico» de «intervenção e dominação» do Departamento de Estado «do imperialismo norte-americano».
A Nicarágua tinha iniciado em Novembro o processo de saída da OEA, contando com o apoio, entre outras entidades, da Confederação Geral dos Trabalhadores da Educação da Nicarágua, que condenou a atitude de ingerência do organismo regional e a sua agressão à paz e à prosperidade dos países da América Latina e das Caraíbas. No domingo, Denis Moncada informou que a sede da OEA no país já foi encerrada.
Daniel Ortega, candidato da aliança liderada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), voltou a vencer as eleições gerais do passado dia 7 de Novembro com mais de dois milhões de votos (75% dos votos escrutinados). Entretanto, a Assembleia Geral da OEA votou para condenar o sufrágio, alegando que carecia de «legitimidade democrática».
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