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Patrões querem pôr Segurança Social a pagar formação dos trabalhadores

Nas propostas apresentadas para o próximo Orçamento do Estado, a CIP volta a sugerir a descida da taxa social única (TSU), desta vez para pagar a formação profissional dos trabalhadores. 

António Saraiva, presidente da CIP
CréditosManuel Fernando Araújo / Agência Lusa

A redução do custo das empresas seria, de acordo com o documento apresentado hoje pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), para conseguir aumentar a qualificação dos trabalhadores.

Esta é uma das 50 propostas firmadas pelos patrões com a ajuda de cinco especialistas, entre os quais estão Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, e Vítor Bento, ex-presidente do BES e do Novo Banco.

«Como medida de estímulo à qualificação propomos a alocação de uma parcela da TSU a uma conta específica de cada empresa, a ser utilizada para financiamento da formação profissional certificada dos seus trabalhadores, através da correspondente redução das contribuições para a Segurança Social», lê-se no documento, citado pelo Eco.  

Entre os argumentos usados para a descapitalização do serviço público, invoca-se a necessidade de «um modelo de economia competitiva, assente em aumentos da produtividade», com a redução da TSU a ser negociada em sede de concertação social.

No documento intulado «Promover a Produtividade Acelerar o Crescimento», a CIP divide as medidas apresentadas em quatro eixos: promover o investimento, fomentar condições de capitalização e financiamento, adequar o mercado de trabalho e melhorar o ambiente de negócios.

A proposta da confederação liderada por António Saraiva surge nas vésperas de o Parlamento discutir na especialidade as contribuições para a Segurança Social conforme o nível de rotação de trabalhadores. 

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