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Durante toda esta semana milhares de estudantes por todo o país saíram à rua para se fazerem ouvir. Em frente aos portões das escolas, os megafones foram empunhados, as palavras de ordem lançadas e as reivindicações, de voz em voz, multiplicaram-se até ao ponto de se tornarem uma. 

Eram cinco as principais reivindicações: mais professores, menos carga horária, mais psicólogos e a efetivação da educação sexual, mais condições materiais e o fim dos Exames Nacionais. A estas reivindicações, ao longo da semana, foram aderindo os estudantes, acrescentando as suas proṕrias reivindicações concretas. 

A semana começou de luta começou na Escola Secundária da Senhora da Hora, em Matosinhos, na segunda-feira, com dezenas de estudantes em luta contra o aumento do custo da comida no bar, por melhores condições materiais e pelo fim dos Exames Nacionais. Logo a seguir, terça-feira, foi a vez dos estudantes da Escola Secundária António Gedeão, em Almada, terem uma acção de luta marcada pela força e alegria, onde foi exigido obras numa escola visivelmente degradada.

Já quinta-feira o palco da luta foram as escolas secundárias António Nobre, no Porto, e a Anselmo de Andrade, em Almada. Na primeira, mais uma vez, foi reivindicado a necessidade de obras, já na segunda, na secundária almadense, os jovens procuraram denunciar o aumento do preço da comida do bar, a falta de psicólogos e a falta de equipamento escolar em condições.
 

Hoje, sexta-feira, de forma a assinalar o Dia Nacional do Estudante, a efeméride assinalou-se como começou e as faixas, cartazes, apitos e a irreverência juvenil deram corpo e forma às diversas acções por todo o país. No total foram 16 as acções reivindicativas que se realizaram.

Mais uma vez os estudantes, a cada acção de luta, a cada grito de revolta, denunciaram as consequências da política de direita. A política que vem cada vez a mostrar que é contrária aos interesses de quem quer uma Escola Pública à altura do futuro do país.