«O genocídio do povo palestiniano que Israel está a cometer e as suas agressões contínuas contra vários países, incluindo a Síria e o Líbano, ameaçam incendiar e fazer explodir toda a região, o que terá repercussões nefastas em todo o mundo», afirmou o representante permanente adjunto do país árabe junto das Nações Unidas.
O diplomata destacou que estes «perigos iminentes» são potenciados pelo facto de alguns países ocidentais, com os Estados Unidos à cabeça, mobilizarem as suas frotas e exércitos em apoio à entidade ocupante sionista, para que esta «incremente os seus crimes e massacres, em vez de exercerem o seu papel de membros permanentes no Conselho de Segurança e contribuírem para o cumprimento do seu mandato e a manutenção da paz e da segurança, de acordo com a Carta da ONU».
Al-Hakam Dandi, indica a Sana, fez ainda referência ao ataque israelita, perpetrado a 27 de Julho, contra a localidade de Majdal Shams, nos Montes Golã ocupados, em que perderam a vida 12 menores, e rejeitou «as mentiras e falsificações» vertidas pelo «representante sionista sobre este incidente».
De acordo com as autoridades palestinianas, entre 7 de Outubro de 2023 e ontem, pelo menos 40 602 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza como resultado da agressão israelita; no mesmo período, pelo menos 93 778 pessoas ficaram feridas.
Entretanto, nos últimos três dias, as forças de ocupação sionistas levaram a cabo a maior operação em duas décadas contra a Cisjordânia, com maior incidência nas províncias de Jenin, Tulkarem, Tubas e Nablus. Há registo de mais de duas dezenas de palestinianos mortos, no contexto de uma agressão que também se estendeu às províncias de Belém, Ramallah, Qalqilya e Hebron (al-Khalil), refere a Wafa.
Síria volta a exigir saída das tropas norte-americanas do seu território
Na mesma sessão do Conselho de Segurança da ONU, quarta-feira à noite, al-Hakam Dandi reiterou a exigência do fim da presença das forças do Pentágono no seu país, no contexto de uma lógica que visa encontrar soluções, bem como deter o saque de recursos das riquezas nacionais e apoio a forças terroristas e separatistas, refere a Sana.
O diplomata lembrou que as milícias apoiadas por Washington «lançam ataques criminosos contra pessoas inocentes, aldeias e propriedades nas províncias de Deir ez-Zor e Hasakah, e na cidade de Qamishli».
Afirmando que não existe qualquer base legal para a presença militar norte-americana na Síria, sem a aprovação do governo sírio e violando os princípios do direito internacional», al-Hakam Dandi disse que o pretexto norte-americano de «garantir a derrota do Daesh» é «fraco» e carece de sustentação. «Ao invés, esta presença dificulta os esforços para combater o terrorismo na Síria», denunciou.
Nesse sentido, lembrou que a Estratégia das Nações Unidas contra o terrorismo destaca com clareza o envolvimento do Estado na luta contra o terrorismo e a garantia do respeito pela soberania, algo que «a ingerência de Washington limita» na Síria.
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