Em comunicado emitido esta segunda-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros refere-se ao ataque perpetrado na noite do dia anterior pela aviação israelita contra várias zonas da região ocidental do país, com um saldo de pelo menos 18 mortos e 37 feridos – seis dos quais em estado grave –, e danos materiais de monta, sobretudo na região de Masyaf (província de Hama).
Para a diplomacia de Damasco, a insistência de Israel nas agressões contra território sírio e outros países da região, e na «brutal guerra», «massacres horrendos e crimes de genocídio» contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia evidenciam «a intenção frenética de prosseguir a escalada e de a levar para uma situação perigosa, que poderia ter consequências nefastas e inesperadas».
A perpetuação destes crimes e agressões, refere o documento divulgado pela Sana, é fomentada pelo apoio ilimitado que os EUA e outros países ocidentais dão a Israel, transformando-os em «parceiros e cúmplices» da agressão.
Neste contexto, a República Árabe Síria alerta para «a continuidade do silêncio internacional relativamente ao desrespeito de Israel por todas as leis e convenções internacionais e às suas violações do direito internacional».
Assim, o Ministério instou «todos países do mundo a condenarem esta agressão israelita e manifestarem solidariedade» ao país árabe, com o intuito de «tentar travar os ataques e crimes sistemáticos israelitas e responsabilizar os funcionários da entidade racista de "Israel" por todos os seus crimes».
Danos de monta e perdas humanas
Ao longo desta segunda-feira, as autoridades sírias da Saúde foram actualizando o número de vítimas mortais e de feridos na sequência de ataques que provocaram incêndios em zonas florestais e destruíram infra-estruturas entre Masyaf e Wadi al-Uyun, nomeadamente na rede rodoviária, eléctrica, telefónica, e de água e saneamento.
O director do hospital municipal de Masyaf, Faisal Haider, disse à imprensa que havia 57 vítimas (mortos e feridos) devido aos ataques com mísseis. Entre os feridos, seis foram declarados em estado grave; um é o fotojornalista Azzam al-Omar, da Sana, atingido quando fazia a cobertura do ataque sionista.
Antes, o Ministério sírio da Defesa havia informado que caças israelitas violaram o espaço aéreo do Norte do Líbano, para dali dispararem mísseis contra vários locais nos arredores de Masyaf, cerca de 225 quilómetros a norte de Damasco.
De acordo com a tutela militar, os meios de defesa aérea intervieram e interceptaram alguns mísseis.
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