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|França

Sindicatos franceses anunciam mobilizações contra a reforma das pensões

Oito sindicatos franceses convocaram para dia 19 de Janeiro uma jornada de mobilização e greve contra a reforma das pensões apresentada pelo governo, sublinhando que se trata do ponto de partida.

Mobilização contra a refoma das pensões em Dezembro de 2019 
Mobilização contra a refoma das pensões em Dezembro de 2019 Créditos / eurotopics.net

O apelo à mobilização foi feito poucas horas depois de a primeira-ministra, Élisabeth Borne, ter apresentado oficialmente o projecto de lei, na terça-feira. À Confederação Geral do Trabalho (CGT), FO, Solidaires, FSU, entre outros, junta-se desta vez a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT).

Esta união, no âmbito sindical, de organizações que muitas vezes não participam nas mesmas mobilizações – como ocorre com a CGT e a CFDT – espelha a ampla rejeição que o projecto do governo francês tem merecido, com os inquéritos a referirem que três em cada quatro franceses se opõem ao aumento da idade da reforma dos actuais 62 anos para os 64 anos, e ao alargamento do período de contribuições.

Na apresentação oficial, Borne justificou o projecto, que será discutido dia 23 em Conselho de Ministros e em Fevereiro na Assembleia Nacional, com argumentos económicos, considerando a reforma indispensável para dar «equilíbrio e sustentabilidade» ao sistema.

A grande maioria dos franceses opõe-se a este projecto e, segundo os dados agora divulgados pelo instituto Elabe, 60% apoiam as mobilizações convocadas pelo movimento sindical.

Entrevistado pela BFMTV, Frédéric Souillot, secretário-geral da Force Ouvrière (FO), deixou clara a intenção de organizar uma «mobilização massiva» e o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, disse que, «se forem os trabalhadores a decidir, a França irá parar».

Numa petição que os oito sindicatos puseram a circular contra «esta reforma injusta e brutal», afirma-se que «esta medida é injustificada: o relatório do Conselho de Orientação das Pensões (COR) indica claramente que o sistema das pensões não está em perigo. Não há emergência financeira».

«Este projecto governamental nada tem de necessidade económica, é a escolha da injustiça e do retrocesso social», acrescenta o texto, defendendo que o reforço do sistema de pensões «requer medidas de progresso e de distribuição da riqueza».

Do lado do governo, Olivier Dussopt, ministro do Trabalho, disse à RTL que os sindicatos se «podem manifestar o que quiserem» e que o governo deve convencer a população da «necessidade» e da «justiça» desta reforma.

De modo ainda mais desafiante, o porta-voz do governo, Olivier Véran, disse à France Info que «não tem medo» das manifestações, sublinhando a necessidade de trabalhar mais anos.

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