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|França

Mais de 1,5 milhão nas ruas em protesto contra a reforma de Macron

A CGT caracterizou como «histórica» a jornada de mobilização desta quinta-feira, afirmando que estiveram nas ruas de França cerca de 1 700 000 manifestantes, mais que no primeiro dia de protestos, a 5 de Dezembro.

Centenas de milhares de trabalhadores voltaram a manifestar-se em França contra a reforma do sistema de pensões proposto pelo governo de Macron
Centenas de milhares de trabalhadores voltaram a manifestar-se em França contra a reforma do sistema de pensões proposto pelo governo de MacronCréditos / rfi.fr

Pela quarta vez em 36 dias de manifestações e greves dos trabalhadores franceses, que deixam clara a sua oposição à proposta governamental de mudança do sistema de pensões de reforma, centenas de milhares de pessoas voltaram, esta quinta-feira, a sair para as ruas, criticando o presidente francês, Emmanuel Macron, por «estar de costas voltadas para o país» e acusando-o de governar como os «reis absolutistas do antigo regime».

No final do dia, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) contou 275 acções de protesto em todo o país e mais manifestantes que nas enormes mobilizações das jornadas de luta levadas a cabo a 5, 10 e 17 de Dezembro – sinal de que o movimento de oposição à reforma das pensões não abrandou com as «festas», como a CGT sublinha num comunicado emitido no passado dia 7.

Na capital, Paris, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se entre as praças da República e de Santo Agostinho, convocadas por diversas organizações, nomeadamente a CGT, a Força Operária, a Federação Sindical Unitária e os Solidários – as que mais activamente têm exigido a retirada da proposta governamental, considerada gravosa para os trabalhadores e pensionistas.

A anteceder o que se prevê ser uma nova grande mobilização no próximo sábado, dia 11 – para aumentar a pressão sobre o governo, que se recusa a renunciar ao projecto –, também houve manifestações em cidades como Marselha, Lyon, Rennes, Bordéus, Lille, Montpellier, Nantes e Toulouse.

De acordo com a TeleSur, a Polícia voltou a intervir com grande violência em várias cidades, atacando nalguns casos trabalhadores, pensionistas e estudantes que exerciam o seu direito à manifestação para exigir o fim de uma proposta que avança com um sistema universal por pontos, que substituiria os 42 regimes especiais vigentes, e uma idade de referência de 64 anos – à qual seria necessário chegar para evitar cortes nas pensões de reforma – embora sem alterar a idade oficial de aposentação (62 anos).

Apoio ao movimento grevista

Em declarações à imprensa, o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, criticou a atitude «intransigente» do governo, que se recusa a renunciar à proposta argumentando que esta trará «justiça social». «Na verdade, não tem vontade de dialogar», disse o dirigente sindical, citado pela Prensa Latina, sobre um plano que considera «mau para todos».

O presidente francês retratado como Luís XVI, numa das manifestações Créditos

As greves têm tido um forte impacto em diversos sectores, particularmente no dos transportes, mas, «apesar dos incómodos», a maioria dos franceses apoia o movimento grevista, segundo as sondagens realizadas e regularmente actualizadas por diversos órgãos de comunicação.

De acordo com o inquérito feito dia 7 de Janeiro pela Harris Interactive para a RTL e a AEF info, 60% dos franceses afirmam apoiar o movimento grevista e, quando questionados sobre o que pensam do «regime universal» proposto pelo governo, 66% dizem-se «inquietos», revelou a CGT.

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