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|Palestina

Israel usa «terrorismo dos colonos» para acabar com a solução dos dois estados

No contexto de ataques diários de colonos israelitas a aldeias palestinianas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alertou que estes se enquadram na «lógica de força bruta e soluções militares».

Colonos atiram pedras a palestinianos, na presença de tropas israelitas, em Turmusaya, a norte de Ramallah (imagem de arquivo) 
Colonos atiram pedras a palestinianos, na presença de tropas israelitas, em Turmusaya, a norte de Ramallah (imagem de arquivo) Créditos / PressTV

A título de exemplo, na noite deste domingo, um grupo de colonos israelitas, acompanhados por soldados, atacou várias viaturas de palestinianos à entrada da aldeia de Bittin, a norte de Ramallah, partindo as janelas e ameaçando quem seguia no seu interior.

Segundo refere a agência Wafa, os soldados israelitas presentes no local não só não intervieram para impedir o ataque, como ainda dispersaram, com gás lacrimogéneo e granadas atordoantes, os palestinianos que saíram de suas casas para fazer frente aos ocupantes.

O mesmo se repetiu quando, à entrada da aldeia de Haris, nas imediações da cidade de Salfit, os colonos bloquearam a passagem e atacaram viaturas e quem nelas seguia.

Em nota de imprensa, ontem emitida, Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros denuncia que «o terrorismo dos colonos israelitas se enquadra na posição do governo» de Netanyahu que «tem como objectivo minar quaisquer perspectivas de um Estado palestiniano com Jerusalém Oriental como sua capital», bem como «os esforços para alcançar a paz».

O texto sublinha que os ataques dos colonos ocorrem no contexto de «consolidação da lógica da força bruta e das soluções militares para o conflito». Trata-se igualmente de «uma escalada [israelita] para distrair o mundo e desviar os seus esforços para deter a escalada» das actividades de ocupação nos territórios palestinianos ocupados.

«Tudo isto está a acontecer numa corrida contra o tempo para completar os crimes da anexação gradual e ininterrupta da Cisjordânia, intensificando e expandindo a construção de colonatos de forma louca», alerta o documento, acrescentando que existe uma «distribuição franca de papéis entre o Exército de ocupação e as milícias de colonos organizadas e armadas».

Recentemente, a organização não governamental (ONG) israelita Peace Now revelou que o governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizou, no primeiro semestre de 2023, a construção de um número recorde, desde 2012, de unidades habitacionais em colonatos (ilegais) na Cisjordânia ocupada.

No seu portal, a ONG afirma que, «nos últimos seis meses, o único sector que Israel promoveu de forma vigorosa foi o da actividade dos colonatos».

A este propósito, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros alerta para as consequências da expansão dos colonatos, «com o sofrimento, a injustiça e a perseguição que a acompanham para o povo palestiniano».

De acordo com as autoridades palestinianas, mais de 700 mil colonos israelitas vivem em 279 colonatos – ilegais –, construídos desde a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, em 1967.

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