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Forças israelitas matam outro jornalista palestiniano em Gaza

Saher Akram Rayan, correspondente da agência Wafa, e o seu filho Anas foram mortos, esta manhã, na sequência de um ataque israelita à Cidade de Gaza. Dezenas de civis perderam a vida no enclave nas últimas horas.

Fumo resultante dos ataques israelitas à imediações do Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, a 21 de Março de 2024; o complexo hospitalar é assediado há oito dias 
Fumo resultante dos ataques israelitas à imediações do Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, a 21 de Março de 2024; o complexo hospitalar é assediado há oito dias Créditos / PressTV

A Wafa comunicou o assassinato pelas forças israelitas, esta manhã, do seu correspondente Saher Akram Rayan, juntamente com o seu filho Anas, na rotunda de Haidar Abdel Shafi, na zona Oeste da Cidade de Gaza, quando tentava ajudar vizinhos feridos.

Rayan, que trabalhou para a agência oficial palestiniana mais de 20 anos, é um dos mais de 130 profissionais do sector que, segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos, Israel matou desde 7 de Outubro último.

Recentemente, o organismo revelara que, ao longo deste mês, foram mortos três jornalistas palestinianos e que dezenas deles haviam sido detidos pelas forças de ocupação, tanto na Faixa de Gaza cercada como na Cisjordânia ocupada.

Dezenas de mortos em ataques israelitas

Como resultado dos bombardeamentos contínuos das forças israelitas, dezenas de pessoas perderam a vida esta madrugada e manhã.

Muitas outras ficaram feridas, refere a Wafa, em ataques aéreos e de artilharia contra Rafah e Khan Younis (Sul), Deir al-Balah (Centro) e várias zonas da Cidade de Gaza, com particular destaque para as imediações do Hospital al-Shifa, que é assediado há mais de uma semana.

De acordo com fontes médicas, as forças de ocupação exigiram por megafone que o complexo hospitalar fosse evacuado de imediato. Testemunhas relataram à Al Jazeera que tanques e bulldozers israelitas arremeteram contra algumas das pessoas e ambulâncias nas imediações do hospital.

Entrentanto, o Crescente Vermelho palestiniano alertou que os hospitais al-Amal e Nasser, no Sul de Gaza, também estão cercados. Em relação à primeira unidade hospitalar, ontem, o Crescente Vermelho denunciou que as forças de ocupação estavam a tentar expulsar as pessoas do seu interior com bombas de fumo, e exigindo a toda a gente que saísse, mesmo nua.

A agência oficial palestiniana também dá conta de ataques israelitas às cidades de Deir al-Balah e de Rafah, com um saldo de pelo menos 50 mortos e um número indeterminado de feridos.

Desde 7 de Outubro, o Ministério palestiniano da Saúde registou, até ontem, 32 226 mortos palestinianos como resultado da ofensiva israelita e mais de 74 500 feridos, alertando que milhares de vítimas continuam debaixo dos escombros e nas estradas, uma vez que as forças de ocupação impedem qualquer acesso por parte das equipas de salvamento.

Mais pessoas vão morrer se a ajuda for bloqueada, alerta a Unrwa

Sam Rose, um representante da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa), denunciou que Israel impediu o organismo de fazer entregas humanitárias no Norte da Faixa de Gaza, onde a ameaça de fome é mais elevada.

As consequências disto, afirmou, são «dramáticas», depois de praticamente seis meses de guerra. «Isto é essencialmente uma sentença de morte para muitas dessas pessoas. A situação é particularmente dura no Norte de Gaza, onde estimamos que cerca de 250 mil pessoas ficaram presas», disse, citado pela Al Jazeera.

Sobre o bloqueio à acção da Unrwa, classificou-o como uma «obstrução deliberada à ajuda vital para uma população que já enfrenta a fome» e alertou que, nestas condições, «mais pessoas vão morrer».

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