Numa nota de imprensa divulgada esta semana, a Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC) refere-se ao memorando presidencial firmado por Donald Trump no passado dia 30 de Junho como uma «versão revista» de um texto anterior, de Junho de 2017.
Deste modo, destaca a associação, a administração de Trump «prolonga as políticas agressivas que procuram aumentar a pressão sobre Cuba», o que «constitui uma tentativa de afectar ainda mais a economia cubana e de interferir nos assuntos internos do país».
No documento, a organização solidária com a Ilha recorda o bloqueio imposto pelos EUA há mais de seis décadas e sublinha «os sérios desafios económicos» que Cuba enfrentou na sequência das medidas adicionais implementadas em 2017, que «se exprimem na escassez de bens essenciais» e nas dificuldades em crescer e recuperar a economia.
Entre as medidas impostas, o texto destaca «a proibição de viagens de cidadãos dos EUA a Cuba; a pressão para que empresas e governos estrangeiros não façam negócios com Cuba, principalmente nas áreas de saúde; dificuldades nas remessas financeiras», entre outras.
Com estas «medidas criminosas», os sucessivos governos dos EUA «têm atingido severamente as condições de vida do povo cubano», denuncia a AAPC, frisando que se trata de uma «uma clara violação do Direito Internacional» e que, desde 1992, houve dezenas de resoluções da ONU a pedir repetidamente, quase unanimemente, o fim do bloqueio.
Campanha de solidariedade com Cuba e rejeição de «acções coercivas»
A inclusão de Cuba na unilateral lista norte-americana de países que alegadamente patrocinam o terrorismo é, no entender da associação, bem reveladora do «nível de hipocrisia» de um país que «há décadas desestabiliza e interfere nos assuntos internos de outros países», que, «como Cuba, se têm pautado por relações de amizade, cooperação e respeito com os outros povos».
«A AAPC denuncia e rejeita veementemente as acções coercivas da política dos EUA relativamente a Cuba», declara o texto.
A associação refere ainda que a campanha de solidariedade «Por Cuba! Fim ao Bloqueio!» já foi subscrita por dezenas de organizações e «tem crescido e dado voz à resistência do heróico povo cubano, apelando ao reforço da solidariedade do povo português com Cuba».
«Porque Cuba é um país solidário! Porque Cuba enfrenta um criminoso bloqueio ilegal e imoral há mais de seis décadas! Porque Cuba tem o direito a defender a sua soberania e a decidir o seu caminho, sem ingerências nem agressões externas», declara a AAPC, a justificar os motivos da campanha solidária.
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