Os comités de empresa da CAF Beasain, CAF Irun, CAF Power & Automation, Trenasa, CAF Signalling Zornotza, CAF TE Tailerrak, Rail Line e Geminys exigiram à administração da empresa guipuscoana que garanta o respeito pela legalidade internacional, não viole os direitos humanos e ponha termo a qualquer relação comercial com Israel, reafirmando desta forma a sua «solidariedade com o povo palestiniano», indica o portal naiz.eus.
O sindicato LAB, que apoia «totalmente a iniciativa dos comités de empresa» da CAF, recordou esta terça-feira numa nota que, no passado dia 1 de Julho, a relatora da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, tornou público um informe que inclui a CAF no rol de empresas que lucram com a ocupação sionista.
Nele, denuncia-se explicitamente o envolvimento da empresa basca na construção e manutenção do metro ligeiro de Jerusalém, uma infra-estrutura-chave para a colonização do território palestiniano e para «estabelecer e ampliar os colonatos e os ligar a Israel».
Sublinhando que a publicação do relatório referido coincidiu com o anúncio da empresa basca Sidenor de suspender relações comerciais com Israel – «facto que deve ser encarado como uma vitória da solidariedade basca com a Palestina» –, o LAB afirma que o informe agora publicado por Albanese «não faz mais do que oficializar aquilo que desde 2018 o comité de empresa vem denunciando».
Neste sentido, o LAB volta a expressar o seu «mal-estar». «Estamos preocupados com o envolvimento da empresa num projecto que de maneira directa reforça a estratégia de colonização israelita e com o qual transgride os direitos mais básicos do povo palestiniano. Essa preocupação acentua-se ainda mais tendo em conta que a legalidade deste projecto é extremamente discutível», afirma o sindicato LAB.
A nota refere-se também à grande preocupação dos trabalhadores com as consequências que a participação da CAF no projecto sionista possa ter para a empresa e para futuros projectos.
Neste contexto, os trabalhadores voltaram a dirigir-se à administração para lhe exigir duas medidas claras e urgentes.
Por um lado, a CAF deve garantir, nos seus contratos, o respeito pela legalidade internacional e a não violação dos direitos humanos. Por outro, deve romper qualquer relação comercial com Israel, especialmente nos territórios que, à luz do direito internacional, estão ilegalmente ocupados.
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