|Palestina

Em novo assalto a Jenin, forças israelitas matam pelo menos quatro e ferem dezenas

Segundo dados provisórios, as forças de ocupação mataram, esta segunda-feira, quatro palestinianos, incluindo um menor de idade, e feriram 45, durante um assalto a Jenin, no Norte da Cisjordânia.

Uma coluna de fumo branco ergue-se no ar durante os confrontos entre elementos da resistência palestiniana e tropas israelitas, num raide levado a cabo pelas forças de ocupação em Jenin, no Norte da Cisjordânia, a 19 de Junho de 2023 
Créditos / Safa / PressTV

O Ministério palestiniano da Saúde identificou as vítimas mortais como Khaled Asa'sah, de 21 anos, Ahmad Saqer, de 15, Qassam Abu Siryie, de 29, e Qais Jabareen, de 21.

Também na sequência da operação israelita, pelo menos 45 palestinianos ficaram feridos – dez dos quais em estado grave – e, neste sentido, a ministra da Saúde, Mai al-Kaila, pediu que fossem enviadas para os hospitais da cidade, com urgência, todos os materiais necessários, incluindo medicamentos, sangue e equipamentos.

De acordo com a agência estatal Wafa, um grande contingente de militares entrou na cidade de Jenin e no seu campo de refugiados, com o intuito de efectuar detenções.

Elementos da resistência responderam em vários locais à invasão, durante a qual as tropas israelitas disparam fogo real, granadas atordoantes e de gás lacrimogéneo.

Com base em informações veiculadas pela imprensa israelita e em imagens divulgadas nas redes sociais, Al Mayadeen, PressTV e Prensa Latina referem que o Exército israelita recorreu a helicópteros e disparou mísseis – algo inédito em duas décadas durante operações na Cisjordânia ocupada.

As mesmas fontes dão conta dos fortes confrontos numa cidade em que, tal como Nablus, a resistência está organizada e é forte (daí que ambas sejam um alvo constante das forças israelitas).

Alguns veículos militares israelitas terão caído numa emboscada e, pelo menos, seis elementos das forças de ocupação ficaram feridos. Uma das fontes revela ainda que o governo israelita ia convocar uma reunião de emergência.

«Silêncio internacional» ajuda a destruição

O governo palestiniano, ao condenar a agressão israelita desta segunda-feira, afirmou que «o silêncio internacional e os padrões duplos encorajam o governo israelita a cometer mais assassinatos, destruição e intimidação contra o nosso povo».

«Enquanto as forças de Israel, a potência ocupante, não forem responsabilizadas pelos seus crimes, estas agressões vão continuar», afirmou o executivo palestiniano, citado pela Wafa.

Antes, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros já tinha alertado para a «escalada perigosa» e a «espiral de violência» israelita.

Por seu lado, o secretário da Comissão Executiva da Organização para a Libertação da Palestina, Hussein al-Sheikh, acusou Israel de travar «uma guerra aberta e feroz contra o povo palestiniano, a nível político, de segurança e económico».

No Twitter, o dirigente político disse ainda que «estamos no meio de uma batalha em todas as frentes, que requer a unidade dos palestinianos face à agressão».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui