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|Peru

Em intensa jornada nacional de luta, sobe o número de mortos no Peru

Só em Huamanga foram mortas sete pessoas nos protestos contra o governo de facto, numa região – Ayacucho – em que se registaram pelo menos 52 feridos. Foi decretado recolher obrigatório em 15 províncias.

Os protestos contra o golpe de direita no Peru alastraram a quase todo o país 
Os protestos contra o golpe de direita no Peru alastraram a quase todo o país Créditos / larepublica.pe

As autoridades sanitárias confirmam 15 mortes desde o início das mobilizações pela libertação de Pedro Castillo, contra o novo governo liderado por Dina Boluarte, pelo encerramento do Congresso, em defesa de uma Assembleia Constituinte e de eleições urgentes.

A TeleSur refere que também foram mortas duas pessoas na região de La Libertad e a rádio RPP afirma que o número de pessoas mortas nas mobilizações já chega a 18, nove das quais ontem.

O governo de Boluarte continua a apelar à calma e ao diálogo, mas, em simultâneo, recorre de forma massiva às forças policiais e militares, que marcham pelas ruas do país, como ontem se viu em Lima.

Em Ayacucho, as sete mortes ocorreram durante uma operação militar contra a ocupação civil do aeroporto da cidade andina de Huamanga. O governo da região responsabilizou a presidente Boluarte pelo facto, bem como os ministros do Interior e da Defesa, e pediu a sua «demissão imediata». [Vídeo da mobilização em Huamanga]

Por seu lado, a Coordenadora Nacional dos Direitos Humanos do Peru exigiu o apuramento de responsabilidades e o fim da «intervenção militar», tendo responsabilizado «por estes crimes as mais altas autoridades políticas do país».

notimerica.com

Já a Provedoria de Justiça exigiu que, nas mobilizações contra Boluarte e pela libertação de Castillo – condenado a 18 meses de prisão preventiva –, as Forças Armadas «deixem imediatamente de utilizar armas de fogo e bombas lacrimogéneas lançadas a partir de helicópteros».

Tendo em conta o actual panorama de revolta em várias regiões do país, o governo de facto decretou recolher obrigatório a partir desta sexta-feira em 15 províncias dos departamentos andinos de Apurímac, Ayacucho, Cusco, Huancavelica e Puno, e dos costeiros de La Libertad e Ica.

A oficialmente designada «imobilização social obrigatória» tem início às 18h, 19h ou 20h e termina, em todas as províncias, às 4h, informa a Prensa Latina.

Forte jornada de luta

Ao longo do dia de ontem, a região andina foi palco de intensas mobilizações e confrontos, nomeadamente em Andahuaylas (Apurímac), Cusco, Puno e Arequipa, onde grupos de manifestantes tentaram tomar novamente de assalto o aeroporto.

Igualmente reclamando eleições gerais imediatas, uma Assembleia Constituinte, o encerramento do Congresso e a libertação de Pedro Castillo, milhares de pessoas mobilizaram-se em Lima [vídeo] e noutras cidades do país, por iniciativa da Assembleia Nacional dos Povos (ANP) e da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP).

A mobilização em Lima foi pacífica, mas foi flanqueada por uma verdadeira multidão de polícias [vídeo], que foram acompanhando os manifestantes numa coluna, lado a lado. Também se fez notar a presença de militares e carros blindados.

À noite, registaram-se confrontos e forte repressão policial no centro histórico da capital, sobretudo contra grupos de jovens.

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