Ontem à noite, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, informou no Twitter que a Embaixada do seu país em França foi alvo de um ataque com cocktails Molotov, facto pelo qual responsabilizou a administração norte-americana.
O diplomata classificou a acção contra a sede diplomática como um «ataque terrorista», e disse que é o resultado das «contínuas campanhas» alimentadas por Washington e dos «apelos à violência» que, «com total impunidade», são feitos a partir do território norte-americano.
Por seu lado, a subdirectora do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros para os Estados Unidos, Johana Tablada, perguntou na sua conta de Twitter se os altos funcionários da administração dos EUA compreendem o elevado custo que as suas «mentiras e anticomunismo irracional» têm para o país e um povo de paz.
A diplomata fez acompanhar a sua mensagem com as etiquetas #NoAlTerrorismo, #NoMásMentiras e #NoMásAbuso vs #Cuba.
Ministro desmentiu «levantamentos populares» no país
Também esta segunda-feira, Bruno Rodríguez desmentiu as notícias postas a circular sobre alegadas revoltas populares na Ilha, divulgadas através das redes sociais, ao mesmo tempo que se instigava ao confronto.
«Cuba está em calma total», frisou o ministro no Twitter, acrescentando que é falso que haja distúrbios, tal como alguns afirmam mentindo, com a cumplicidade das transnacionais e plataformas digitais, que violam as suas regras de comunidade e difundem mensagens de ódio e mentiras.
Vários perfis no Facebook, sobretudo de pessoas residentes nos Estados Unidos, afirmaram que houve «levantamentos populares» e repressão policial em vários pontos de Cuba, como La Habana Vieja (Cidade de Havana), Cárdenas (província de Matanzas) e Minas (província de Camagüey).
Tendo em conta essas informações, jornalistas do diário Juventud Rebelde, de emissoras municipais e usuários das redes sociais realizaram vídeos e fotos em que se podia ver como havia tranquilidade nas ruas da Ilha, refere a Prensa Latina.
Desde os distúrbios ocorridos no passado dia 11 de Julho, Cuba apontou por diversas vezes à administração norte-americana a sua cumplicidade nesses factos, em cuja promoção participaram empresas radicadas em território dos EUA e que, afirma a Prensa Latina, recebem fundos governamentais.
As autoridades cubanas denunciaram que as acções violentas foram incentivadas por uma operação política e comunicacional, que promove acções nas redes sociais, difusão de notícias falsas, distorsão de imagens e vídeos, ciberataques a portais e meios de comunicação cubanos. Isto, afirmam, para desestabilizar o país e provocar uma alegada intervenção humanitária.
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