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|Cuba

É preciso mostrar «as realidades de países progressistas e povos oprimidos»

O fórum internacional «Nova Operação Verdade» terminou esta segunda-feira, em Havana, afirmando a necessidade de uma comunicação social apegada à verdade e alheia à hegemonia ocidental.

Johana Tablada, ex-embaixadora de Cuba em Portugal, a intervir no fórum internacional «Nova Operação Verdade», em Havana, a 22 de Janeiro de 2024 
Johana Tablada, ex-embaixadora de Cuba em Portugal, a intervir no fórum internacional «Nova Operação Verdade», em Havana, a 22 de Janeiro de 2024 CréditosVladimir Molina / PL

«Os debates terminaram, mas continua a luta dos meios alternativos pela veracidade», afirmou Luis Enrique González, presidente da agência Prensa Latina.

González agradeceu aos profissionais da comunicação provenientes de mais de três dezenas de países que participaram no evento para trocar experiências e divulgar projectos, além de debater sobre os problemas mais prementes da imprensa alternativa à hegemonia ocidental.

O responsável da agência cubana fez também referência à participação no fórum do presidente do país, Miguel Díaz-Canel, que destacou a necessidade de manter no activo a «Operação Verdade», para defender e mostrar a realidade dos países progressistas, e fez questão de agradecer aos profissionais palestinianos, em especial na Faixa de Gaza, que arriscam a vida para mostrar a realidade dos acontecimentos sob o massacre sionista.

González afirmou que a Prensa Latina, mesmo com as suas limitações económicas, se compromete a coordenar e promover iniciativas mediáticas para defender as realidades dos povos oprimidos.

Luis Enrique González, presidente da agência Prensa Latina, a intervir no fórum // Vladimir Molina / PL

Agradeceu ainda o trabalho realizado pelo canal pan-árabe Al Mayadeen, que co-organizou o encontro de dois dias em Havana. Ali, os participantes debateram questões relacionadas com a nova ordem internacional da informação, as notícias nos tempos da Internet e das redes sociais, ou as agências noticiosas em tempos de hipermédia.

Estreitar laços entre meios alternativos e contra-hegemónicos

Ao intervir no segundo do fórum, que decorreu no Hotel Royalton, o director do Algerian Press Service, Samir Gaid, enalteceu o trabalho da Prensa Latina, que serve para «alçar a voz de um país que continua a resistir com firmeza».

O jornalista argelino defendeu uma maior cooperação entre meios de imprensa alternativos e contra-hegemónicos, no sentido de tratar de forma adequada as questões que interessam aos seus países e as causas que defendem.

Insistiu na necessidade de interagir e reforçar as relações com outros meios, considerando que tal é fundamental à defesa do Sul Global. «É preciso conceber a cooperação Sul-Sul em muitos sectores, mas no da imprensa é vital», sublinhou, citado pela Prensa Latina.

«A Argélia é considerada como uma referência revolucionária, e nós, como agência de notícias, desenvolvemos sempre uma operação verdade», afirmou Samir Gaid.

«Os EUA mantêm uma campanha mediática brutal contra Cuba»

Também na segunda jornada do evento, interveio a ex-embaixadora de Cuba em Portugal Johana Tablada, afirmando que «a política dos Estados Unidos em relação a Cuba é «asfixiante», desenvolvendo, paralelamente, «uma brutal e bem financiada campanha mediática para tentar desacreditar os esforços do governo com vista a uma sociedade mais sustentável».

A subdirectora-geral da Direcção dos Estados Unidos do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros acusou Washington de «edificar toda uma narrativa que não tem qualquer contacto com a realidade da Ilha».

Tablada acrescentou que os EUA actuam neste domínio com vantagem, na medida em que detêm o controlo dos principais meios, da indústria cultural e das plataformas de redes sociais.

«No entanto, este poderio económico não anula a capacidade de os países progressistas comunicarem com códigos modernos as suas realidades», disse.

Abordando as relações actuais entre Cuba e os Estados Unidos, a diplomata disse que Washington fracassou no seu propósito fundamental, o de derrubar a Revolução, mas explicou que o bloqueio foi eficaz na deterioração profunda da qualidade de vida dos cubanos.

O fórum «Nova Operação Verdade» realizou-se em Havana com a participação de 70 delegados de mais de 30 países // Vladimir Molina / PL

Condenando as contantes campanhas de desinformação norte-americanas sobre a missão da cooperação médica cubana, a liberdade religiosa, o combate ao terrorismo e os detidos após os distúrbios de Julho de 2021, Tablada informou que, actualmente, há comunicação entre ambos os governos, em questões relacionadas com a migração, a luta contra o narcotráfico, o tráfico de pessoas e a lavagem de dinheiro.

O fórum «Nova Operação Verdade», que decorreu em Havana entre ontem e domingo, assinala o 65.º aniversário da realização de um evento homónimo organizado por Fidel Castro, para desmentir as campanhas de descrédito contra o processo revolucionário nascente na Ilha.

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