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China refuta «ingerência» nos seus assuntos por parte do G7

Referindo-se à declaração do G7, a diplomacia chinesa afirmou esta quinta-feira que «qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos do país ou minar a sua soberania está condenada ao fracasso».

Participantes na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Londres, Reino Unido, 5 de Maio de 2021 
Participantes na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Londres, Reino Unido, 5 de Maio de 2021 Créditos / global.chinadaily.com.cn

O conclave que, na terça e quarta-feira, juntou presencialmente em Londres os ministros dos Negócios Estrangeiros de Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido não teve olhos apenas para a China, tendo-se dedicado igualmente ao Médio Oriente, à Ásia Central e a Rússia, Bielorrússia e Ucrânia, segundo refere o China Daily.

Em todo o caso, a China centrou as atenções do Grupo dos Sete (G7), tendo inclusive um representante norte-americano, não identificado, afirmado que «a China foi o tópico dominante hoje», referindo-se ao primeiro dia do encontro, de acordo com a Reuters.

Na quarta-feira, os diplomatas do G7 apuraram uma declaração conjunta em que o país asiático foi alvo de críticas e de chamadas de atenção por alegadas violações dos direitos humanos, bem como de apelos ao cumprimento de obrigações relativas à legislação internacional.

O texto expressou preocupações com a situação em Xinjiang, no Tibete e Hong Kong, nos mares Oriental e do Sul da China, e declarou o apoio à participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde, refere a agência Xinhua.

«Acusações sem fundamento»

Em resposta, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, disse esta quinta-feira à imprensa que as acusações feitas pelo G7 contra a China não são fundamentadas, tendo acrescentado que se trata de uma ingerência aberta nos assuntos internos no país e na sua soberania, bem como da destruição das normas que regem as relações internacionais.

Wang sublinhou que questões relacionadas com Xinjiang, o Tibete e Hong Kong são todas do foro interno da China. Refutou igualmente as acusações sobre a militarização no Mar do Sul da China e exigiu respeito pela soberania de Beijing nessa região, sobre a qual, disse, existe base legal e factual suficiente.

No que toca à participação de Taiwan em organismos internacionais, defendeu que deve ser abordada respeitando o princípio de uma só China, informa a Xinhua.

Sugestões aos países do G7

Sendo integrado por países desenvolvidos, o G7 deveria contribuir mais para ajudar a acelerar o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em vez de gerar conflitos e divergências que dificultam o processo de recuperação da economia a nível global, afirmou Wang.

O funcionário recordou que no G7 têm assento alguns dos países mais fortemente atingidos pela pandemia de Covid-19 e, em simultâneo, com as tecnologias médicas mais avançadas.

Neste sentido, instou-os a centrar-se na cooperação internacional em torno das respostas contra a pandemia, nomeadamente na distribuição equitativa das vacinas, em vez de as acumularem.

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