A entrega simbólica de mais 28 milhões de rupias (cerca de 273,7 mil euros) ao embaixador cubano em Nova Déli foi protagonizada pelo secretário-geral do Partido Comunista da Índia (Marxista), M. A. Baby, esta quarta-feira, numa cerimónia que teve lugar na capital do país para assinalar o início das actividades na Índia relacionadas com o centenário do nascimento de Fidel Castro (1926-2026), que se prolongam até 13 de Agosto do próximo ano.
A verba destina-se a comprar medicamentos que serão enviados para Cuba, afirmou Arun Kumar, membro do PCI(M) e secretário-geral da Organização Paz e Solidariedade de Toda a Índia (Aipso), na iniciativa para honrar o líder histórico da revolução cubana em Nova Déli, no dia em que faria 99 anos.
A campanha de recolha de fundos foi lançada no início deste ano e em Abril, durante o 24.º Congresso do PCI(M), foi feito um apelo aos militantes para que cumprissem a «tarefa anti-imperialista» de mobilizar a «máxima ajuda financeira» ao país caribenho, que há décadas é alvo de um bloqueio unilateral imposto pelos Estados Unidos.
Esta quarta-feira, na presença da embaixadora da Venezuela, Capaya Rodríguez, e de outros membros do corpo diplomático de países latino-americanos, africanos e da China, M. A. Baby disse que apoiar Cuba significa estar do lado da verdade, da dignidade do ser humano e do direito a ser livre e independente, indica a Prensa Latina.
Papel-chave de Fidel
Antes, o embaixador cubano apontou o papel-chave de Fidel no triunfo da Revolução e destacou o facto de posteriormente, sob a sua orientação, Cuba ter avançado na construção da nova sociedade, caracterizada pela justiça e o humanismo, e ter travado grandes batalhas sempre ameaçada pelo imperialismo norte-americano.
Marsán referiu, entre outros aspectos, que os ensinamentos de Fidel permitiram ao povo cubano aprender a transformar os reveses em vitória e a estabelecer como princípios o internacionalismo e a solidariedade entre os povos.
O diplomata denunciou ainda o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, que foi agravado pela actual administração na Casa Branca, e reafirmou o repúdio pela injusta inclusão de Havana na lista unilateral de supostos estados patrocinadores do terrorismo.
Esquerda indiana reitera apoio a Cuba
Por seu lado, diversos membros da organização solidária, deputados e dirigentes de partidos de esquerda reafirmaram que a Índia irá sempre apoiar Cuba, nunca deixando o país caribenho sozinho.
Além de enaltecerem a figura de Fidel, que reconheceram como dirigente de Cuba e de todos os povos que lutam por um futuro melhor, também rejeitaram a política hostil do imperialismo norte-americano contra a Ilha e exigiram que esta seja retirada da lista de alegados apoiantes do terrorismo.
Na mesma ocasião – refere a fonte –, condenaram o genocídio do povo palestiniano em curso, perpetrado por Israel.
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