A cooperação a nível global, em vez da competição e do confronto, é a única opção para acabar com a pandemia de Covid-19, afirmou esta segunda-feira o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao abordar a disparidade no acesso às vacinas no mundo.
«A disparidade global chocante no acesso às vacinas mantém-se como um dos grandes riscos para pôr fim à pandemia», disse Tedros numa conferência de imprensa em Genebra, informa a agência Xinhua.
Os países com rendimento elevado e médio-alto, com 53% população mundial, receberam 83% das vacinas, enquanto os países com rendimento baixo e médio-baixo, com 47% da população mundial, receberam apenas 17% das vacinas, segundo dados divulgados pela OMS.
Tedros insistiu que a cooperação é «a única opção» para acabar com esta pandemia, tendo sublinhado «o princípio muito básico de identificar o vírus como um inimigo comum».
Na passada sexta-feira, a OMS aprovou a vacina BBIBP-CorV Covid-19, desenvolvida pela empresa chinesa Sinopharm para uso de emergência, afirma a Xinhua.
O país asiático decidiu fornecer 10 milhões de doses de vacinas anti-Covid-19 à iniciativa COVAX, de modo a fazer frente às necessidades dos países em desenvolvimento e a aliviar a carência de doses a nível global, sobretudo nos países com rendimento baixo e médio-baixo.
Apesar da descida no número de casos no novo coronavírus na maior parte das regiões, incluindo as Américas e a Europa, que foram as mais afectadas, Tedros considerou que o nível de casos se tem mantido «inaceitavelmente alto», com mais 5,4 milhões de caoss e 90 mil mortes registados só na última semana.