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|Açores

Trabalhadores do Teatro Micaelense criticam manutenção do subfinanciamento

O Governo dos Açores volta a apontar uma dotação de 650 mil euros para o Teatro Micaelense, onde metade dos trabalhadores recebe o salário mínimo. Valor não garante normal funcionamento da instituição, dizem.

O Teatro Micaelense recebe o espectáculo no sábado, 16 de Junho
Créditos / e-cultura-Sapo

A dotação de 650 mil euros, pelo segundo ano consecutivo, apresentada na Anteproposta do Plano Regional Anual 2023, foi recebida pelos trabalhadores do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada (São Miguel), com profundo descontentamento. 

Um comunicado conjunto destes e da direcção do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN) denuncia que a proposta de orçamento para o próximo ano traduz uma «clara desvalorização do sector, consubstanciada na verba destinada ao financiamento desta instituição pública». 

Defendem, por outro lado, que a manutenção do montante revela uma «total desconsideração pelas dificuldades e aspirações dos trabalhadores do Teatro Micaelense, que, nos últimos três anos, têm exposto junto do Governo Regional [...] o grave e crónico problema de baixos salários nesta instituição», mas também a falta de reconhecimento.

«Numa importante casa de espectáculos e centro de congressos, que colhe o reconhecimento público pelo bom desempenho dos seus profissionais, este reconhecimento nunca se traduziu, para estes trabalhadores, em qualquer progressão numa carreira criada em 2008», nem na consequente melhoria da sua condição salarial, refere-se na nota. 

Embora a precariedade seja uma marca na vida destes 20 trabalhadores, a situação agrava-se entre os que contam maior antiguidade, havendo nove com 18 ou mais anos de casa. Entretanto, metade dos trabalhadores do Teatro Micaelense recebe o ordenado mínimo, incluindo-se nesta situação técnicos especializados. 

«A confirmar-se, este desinvestimento não deixa lugar para o presente, pela justa remuneração do trabalho feito, nem abre espaço para o futuro, pela criação de um plano de progressão de carreiras, que fixe condições laborais que respeitem os direitos e satisfaçam as legítimas aspirações dos profissionais do Teatro Micaelense», alertam os trabalhadores, que não vão desistir de lutar por salários justos e contra o «abandono» a que dizem ter sido votados. 

Admitem continuar a lutar ainda pela dignidade do trabalho na cultura e pela manutenção da centralidade do Teatro Micaelense na vida cultural, profissional e social, «para que o edifício classificado de Interesse Público Regional seja uma casa aberta a cada vez mais pessoas, até ser de todos», e «se cumpra e se reforce a missão de serviço público que lhe é confiada pelo Governo Regional dos Açores». 

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