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Sindicato denuncia Casa de Saúde da Boavista à ACT

Para além de pagar o salário mínimo (enquanto lucra milhões), a empresa altera as escalas de trabalho de um dia para o outro e obriga trabalhadores a cumprir tarefas que não as suas, denuncia o SHN/CGTP.

O Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN) realizou uma acção de protesto e denúncia pública à porta da Casa de Saúde da Boaviste, apelando à participação dos trabalhadores na Greve Nacional da Hospitalização Privada e denunciando o desrespeito da empresa.
Créditos / SHN

Desde Fevereiro de 2023, o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN) tem tentado agendar uma reunião com a empresa Casa de Saúde da Boavista, uma instituição de saúde de inspiração católica, equiparada a IPSS. Sucessivas missivas do sindicato, em representação dos trabalhadores, têm sido ignoradas.

Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz. A Casa de Saúde da Boavista, que se afirma preocupada e dedicada «a prestar especial atenção à Pessoa», não tem qualquer pudor em desrespeitar completamente a dignidade dos seus funcionários, pagando o salário mínimo e desrespeitando as leis laborais.

As escalas, onde são definidos os horários a cumprir por cada um dos trabalhadores, feitas todos os meses, chegam a ser alteradas de um dia para o outro sem o acordo dos funcionários, consoante o que dá mais jeito à Casa de Saúde da Boavista, «pondo em causa a estabilidade de horário e o direito à conciliação da actividade profissional com a vida pessoal e familiar». A defesa da família fica-se, nesta instituição, pela retórica.

Para além destas situações, muitos trabalhadores, designadamente os que exercem funções na recepção e nos pisos, não estão sequer classificados (em termos de carreiras) devidamente, conforme as funções que exercem.

Perante tamanho desrespeito, em que a empresa recusou todas as oportunidades para chegar a um consenso com o sindicato que representa os trabalhadores, o SHN fez chegar uma denúncia à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e exigiu uma reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, onde a empresa reafirmou o seu interesse em valorizar, apenas, as pessoas que pagam.

«Tendo a empresa recusado todas as propostas sindicais, o sindicato realizou hoje uma acção de protesto e denúncia pública à porta da empresa e apelou à participação dos trabalhadores na Greve Nacional da Hospitalização Privada, que se realiza a dia 28 de Junho».

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