«O acordo que agora será assinado, com vinculação a um ano, garante aos trabalhadores um aumento salarial de 2,7%, com garantia mínima efectiva de 35 euros e a actualização em 10% de todas as bandas salariais», informa o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Ficou também estabelecido que o acesso à nova função definida pelo Acordo de Empresa (AE), «com a categoria de técnico de produção, será apenas voluntário, com acordo da parte do trabalhador, garantindo uma gratificação de 350 euros», alerta o sindicato.
O processo de revisão do AE arrasta-se há mais de dois anos, «altura em que a empresa exigia, como contrapartida para os aumentos salariais, uma alteração ao descritivo de funções que colocava técnicos de operação e técnicos de manutenção com a mesma categoria», forçando-os a «uma maior polivalência», desvirtuando a profissão de ambos.
As proposta da empresa Tabaqueira, que desde 1997 faz parte da multinacional Philip Morris International, apenas foram aceites pelo sindicato afecto à UGT, precipitando participações «em massa» dos trabalhadores nos plenários realizados pelo SINTAB/CGTP-IN, descontentes com o que tinha sido acordado entre a UGT e a administração.
Ao fim de dois anos de luta, e só «perante a garantia de voluntariedade de adesão à nova função», os trabalhadores decidiram ratificar o acordo proposto. Em 2021, a empresa não introduziu nenhum aumento salarial, numa tentativa, inútil, de forçar os trabalhadores a abdicarem das suas reivindicações.