O Top Employers Institute, instituto sediado em Amesterdão, Holanda, é uma «autoridade global que distingue a excelência nos recursos humanos» de empresas de todo o mundo. É a segunda vez que a EDP se encontra ao lado das 24 outras empresas que operam no território nacional reconhecidas como Top Employer (Empregador de topo).
A companhia é de luxo. Para além do Grupo EDP, também o Lidl (que no ano passado procurou impedir trabalhadores de aceder à vacina contra a Covid-19), a PepsiCo (que o ano passado se recusava a atribuir o prémio de assiduidade às mães trabalhadoras) e até a Saint-Gobain (que vai deslocar a produção para países mais baratos, despedindo 200 trabalhadores no processo) foram certificadas com o prestigiado galardão.
Em contraciclo, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) está certa de que «os prémios obtidos até podem valorizar o Grupo EDP», mas, infelizmente, os «trabalhadores não vivem dos prémios que a administração pode com orgulho exibir».
«É imperativo que a administração Top Employer dignifique este prémio, através do reconhecimento dos trabalhadores que estão em fim de carreira e da valorização dos mais jovens (a quem é preciso garantir uma evolução na carreira condicente com as competências adquiridas)».
Passar das palavras aos actos é muito simples: cabe à administração do Grupo EDP negociar a progressão de carreira, o aumento do valor pago pelo serviço de disponibilidade e um aumento geral de todos os salários, que garanta a atribuição, a todos os trabalhadores, da remuneração por antiguidade.
A Fiequimetal mantém a expectativa de que, em 2022, e «ao contrário do ano que passou, a administração honre o prémio Top Employer valorizando quem trabalha» na empresa.