|salários em atraso

Santa Casa de Sabrosa ainda não pagou dívida aos trabalhadores

Desde 2023, a Santa Casa da Misericórdia de Sabrosa não aplicou duas alterações à tabela salarial, retendo dinheiro que pertence aos enfermeiros da instituição. SEP/CGTP ameaça recorrer às autoridades judiciais.

«Há Dinheiro, É Possível - Só Não Há Vontade». Enfermeiros concentrados em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, exigiram o fim da «discriminação negativa» de que são alvo. Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) considera «possível e urgente» que o Governo resolva os problemas. 21 de Novembro de 2023 
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

A 29 de Junho de 2023, com retroactivos a Novembro de 2022, «foi publicada a tabela salarial aplicável aos enfermeiros que trabalham na Santa Casa da Misericórdia». A Santa Casa de Sabrosa actualizou o valor do vencimento base, «mas apenas pagou os retrocativos a Maio de 2023», denuncia o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril. E as dívidas da instituição para com os trabalhadores não ficaram por aqui.

A 8 de Dezembro de 2024, foi publicada uma nova «actualização dos valores da tabela salarial, desta vez com efeitos retrocativos a Janeiro de 2024», mas a Santa Casa de Sabrosa insistiu em não aplicar os novos vencimentos, o que veio acumular com a dívida que já vem de Novembro de 2022.

O SEP chegou a apresentar, em 2023, «um plano faseado para o pagamento e regularização dos vencimentos», tendo sido recebidos pela instituição que está a reter o pagamento devido aos seus enfermeiros «com uma intransigência total», uma atitude incompreensível, considera o sindicato, tendo em conta que é a Santa Casa que está a privar os trabalhadores do que «é seu de direito». «A situação financeira não pode ser o escudo nem a justificação para que não se cumpra o Contrato Colectivo de Trabalho negociado, acordado e publicado».

Se a Santa Casa de Sabros não «proceder ao pagamento da dívida em causa e a actualização dos vencimentos» o mais rapidamente possível, não resta outra alternativa ao SEP «que não seja o recurso às entidades competentes para que tal seja cumprido, o que pretendemos evitar a todo o custo».

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