«A greve foi suspensa porque houve um acordo negociação de aumentos salariais de 10%», disse à Lusa Luis Trindade, da direcção do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul (CGTP-IN).
A greve que foi suspensa, na sequência deste acordo, teria início ontem e estava marcada por tempo indeterminado, com a exigência de «aumentos salariais dignos» a integrar o leque de reivindicações, a par do «pagamento do trabalho suplementar», «melhores condições de trabalho», «cumprimento integral do Acordo de Empresa» e «contra o encerramento e restrições dos serviços de cafetaria e bar nos comboios».
No comunicado em que anunciou a greve, o sindicato denunciava que os aumentos salariais propostos pela empresa para 2024 «ficam muito aquém do necessário para repor o poder de compra dos trabalhadores e valorizar as categorias profissionais. Referia ainda que, apesar dos «problemas reiterados» com a concessão do serviço de cafetaria e bar nos comboios Intercidades e Alfa Pendular ao longo dos anos, «a CP optou por voltar a concessionar este serviço a privados através de um contrato de milhões assinado em 2023 com a Newrail, recusando internalizar o serviço e integrar os trabalhadores nos seus quadros».
A estrutura sindical assinala que, em 2024, o contrato com a Newrail foi renovado «por um período mínimo de 3 meses e um máximo de 6 meses», indicando que em 2023 «os valores atribuídos à Newrail tinham como objectivo pagar os salários em atraso aos 130 trabalhadores e normalizar o serviço de cafetaria e bar nos comboios».
Neste momento está a decorrer um concurso internacional para a concessão da exploração do serviço, mas tal não constituiu «impedimento que se negociassem aumentos» salariais, referiu Luís Trindade.
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