A Apeadeiro 2020, empresa concessionária do serviço dos bares e refeições dos comboios de longo curso da Comboios de Portugal (CP), informou os trabalhadores de que não seria capaz de lhes pagar o salário do mês de Janeiro a tempo, devido a um arresto de contas por dívidas à Autoridade Tributária (AT).
Embora os trabalhadores não tenham a opção de deixar cumprir aquilo a que estão contratualizados, a Apeadeiro 2020 não aparente reger-se pelos mesmos princípios: não tinha condições para cumprir as suas obrigações e, como tal, não cumpriu.
A empresa deve os salários a cerca de 120 trabalhadores, que se concentraram em plenário em frente à sede da CP, em Lisboa, no Dia de Indignação, Protesto e Luta convocado pela CGTP-IN para 9 de Fevereiro.
Segundo a Apeadeiro 2020, as transferências mensais realizadas pela CP, no âmbito do contracto de concessão para a exploração do serviço nos comboios, e que servem para assegurar os salários dos trabalhadores, não se concretizaram por instruções da AT à CP.
A CP também tem responsabilidades nesta matéria, considera o Sindicato de Hotelaria do Sul (SHS/CGTP-IN). A empresa pública deve ser «parte activa na resolução desta situação», intervindo junto da Apeadeiro 2020, mas também procurando soluções que «assegurem a manutenção do serviço e os postos de trabalho».