A história de luta dos trabalhadores dos bares dos comboios da CP tem um novo capítulo. Depois do duro processo de luta quando a concessão do serviço pertencia à Apeadeiro 2020 e depois de outro quando esta pertencia à Newrail, os trabalhadores têm agora pela frente a administração da ITAU que teima em não respeitar os trabalhadores.
De acordo com a Federação Dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo De Portugal (FESAHT/CGTP-IN), a ITAU recusa-se a cumprir a revisão do Acordo de Empresa (AE) de 2025, celebrado com a anterior concessionária, fazendo tábua rasa dos direitos conquistados.
Publicado no Boletim do Trabalho e do Emprego, o AE prevê escalas de horários que respeitem a carga horária de 8 horas diárias e de 35 horas semanais; o pagamento do trabalho ao sábado e domingo com um acréscimo de 25%; o pagamento do subsídio de refeição diário de 11,50 euros e 13 euros; o pagamento das diuturnidades no valor de 20 euros cada; e o pagamento dos prémios de responsabilidade e subsídio de transporte.
Em comunicado, a FESAHT relembra que, juntamente com os seus sindicatos, empenhou-se nas negociações com a ITAU, no sentido de se encontrar uma solução que não representasse perda de direitos e rendimentos, no entanto, a administração da empresa demonstrou uma «postura irredutível».
Perante o ataque que estão a ser alvos, em plenário, os trabalhadores decidiram iniciar uma nova greve com início no dia 30 de Julho de 2025. Esta é, deste modo, a terceira greve realizada desde que a empresa tomou conta da concessão.
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