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|Têxtil e Vestuário

Bons resultados do sector não se reflectem nos baixos salários

Greve no sector têxtil por salário de 600 euros

Os trabalhadores da indústria têxtil e vestuário cumprem esta sexta-feira um dia de greve, por melhores condições de trabalho e um salário mínimo sectorial de 600 euros. Vários patrões são acusados de boicotar as negociações.

Várias fábricas da Covilhã, Aveiro e Santo Tirso estiveram paradas
Várias fábricas da Covilhã, Aveiro e Santo Tirso estiveram paradasCréditos / FESETE

Milhares de trabalhadores do sector têxtil participam hoje na greve convocada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (FESETE/CGTP-IN).

Em declarações ao AbrilAbril, Isabel Tavares, coordenadora da FESETE, afirmou que a paralisação responde aos baixos salários praticados no sector e à chantagem patronal nas negociações, relativa aos aumentos salariais.

«Uma reivindicação que é justa, necessária e possível», afirmou Isabel Tavares, reiterando que os lucros no sector têxtil, nos últimos anos, têm sido relevantes e portanto os trabalhadores têm que ter o seu poder de compra reposto.

Além de contestarem o «boicote do patronato à negociação de novos salários para 2018», com o intuito de «roubo de direitos», os trabalhadores exigem um salário mínimo para o sector em 600 euros, um subsídio de alimentação de quatro euros diários e o fim da repressão patronal. 

A dirigente afirmou ainda que já houve conquistas, pois perante a apresentação da greve e do caderno reivindicativo, já houve empresas a entrar em contacto nesse sentido e a situação «não vai ficar como de antes».

Associações patronais exigem retirada de direitos

Segundo a coordenadora da FESETE, várias negociações com associações patronais estão bloqueadas, nomeadamente com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (APT) e a Cordoaria e Redes, que exigem vários cortes em direitos a troco dos aumentos salariais.

A intensão patronal é classificada de «chantagem e roubo», pois para haver avanços numa àrea exigem a retirada de direitos em outras. Sobre os salários, em que a norma é o Salário Mínimo Nacional, a APT exige o corte do feriado de Carnaval, do trabalho extrordinário em 50% e do trabalho nocturno. O mesmo se aplica à Cordoaria e Redes, que continua a obrigar os trabalhadores a compensar a meia hora de almoço com trabalho ao sábado.

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