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Centenas de trabalhadores do grupo Transdev alcançam aumentos salariais

Meses de negociação culminaram num novo Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) com a Transdev, que opera dezenas de serviços rodoviários de transporte de passageiros por todo o País.

Créditos / Diário Digital Castelo Branco

O príncipio de acordo foi alcançado na semana passada, após vários meses de negociação entre a Transdev, uma das principais empresas do sector rodoviário de passageiros em Portugal, e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN). A aproximação da empresa às reivindicações expressas em plenário pelos  trabalhadores, determinou o sucesso das negociações.

Em comunicado, a Fectrans anuncia que os trabalhadores motoristas passarão a ter um «salário de 735 euros + 25%, com a garantia de que, na vigência do ACT», se manterá no salário base a diferença com o Salário Mínimo Nacional. As demais categorias terão uma actualização de 27 euros, sendo que, a partir de Setembro, terá início nova negociação por um «regulamento de carreiras e sistema de avaliação de desempenho, para entrar em vigor em 1 de Janeiro de 2023».

As conquistas não se ficam pelos aumentos salariais: as diuturnidades, complemento ao vencimento mensal que visa valorizar o tempo de permanência na empresa, terão o valor de 2% do salário base do motorista (14,7 euros), a cada três anos.

No que toca ao subsídio de refeição, para os trabalhadores com a categoria de motorista, há um aumento de 7,20 euros: «numa média de 20 dias de trabalho, significa um aumento de mais 40 euros». A refeição deslocada passará a ter o valor de dez euros e a segunda refeição cinco euros. A Transdev assumiu o compromisso de, nas futuras negociações, discutir a evolução deste valor para as restantes categorias, «com vista à sua unificação».

O intervalo de descanso é reduzido, a partir de Janeiro de 2023, para 2h45, no ano seguinte para 2h30, sem prejuízo de, em negociação futura, chegar às 2h que os trabalhadores reivindicam.

As empresas abrangidas pelo ACT são: a Rodoviária D’Entre Douro e Minho; MinhoBus; Transdev Norte; Caima Transportes; Auto Viação Aveirense; Rodoviária da Beira Litoral; ETAC – Empresa de Transportes António Cunha; Rodoviária da Beira Interior; Transdev Interior; Mov Cávado Transportes e Mobilidade I; Transdev & AVIC Cávado; MoviCovilhã; Transdev Tâmega e Sousa; Ave Mobilidade; Transdev Expressos e a Porto Mobilidade.

«Os trabalhadores das rodoviárias a quem se aplicam as regras dos Acordos de Empresas manterão as questões específicas e terão as actualizações salariais como os demais», informa a federação sindical, afecta à CGTP-IN.

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