|Caixa Geral de Depósitos

«Banco é Caixa» e também é sinónimo de más condições de trabalho

Os resultados de 893 milhões anunciados pela Caixa Geral de Depósitos são sustentados, considera o sindicato STEC, pelo aumento das «ameaças directas e veladas» e dos pedidos de baixa de trabalhadores em burnout.

Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e ministro da Saúde do Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho 
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

Mais uma vez, o «esforço dos trabalhadores» traduz-se numa demonstração de resultados em crescendo (no primeiro trimestre de 2025, a Caixa Geral de Depósitos teve resultados líquidos de 893 milhões de euros), com o aumento do volume de negócios, «mas com os custos com pessoal a reduzirem-se cada vez mais», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), em comunicado enviado ao AbrilAbril.

Em sentido contrário ao aumento significativo dos lucros, «está em baixa o poder de compra, o ânimo e o alento de quem trabalha na empresa». Cada vez mais os trabalhadores confrontam-se com condições de trabalho «degradantes, numa política continuada de medo e perseguição interna, que apenas visa camuflar a incomportável redução de quadros» na CGD. E o Governo PSD/CDS-PP, afirma o sindicato, não pode «demitir-se da sua supervisão interna e externa», resolvendo problemas como o caso dos «4 anos de carreira congelados ainda por regularizar».

Na Caixa, os trabalhadores estão expostos a «exigências e uma pressão louca no dia-a-dia», «objectivos irrealistas», um aumento significativo das «tarefas e normas a cumprir, com elevado risco operacional decorrente dos ritmos de trabalho», a normalização de «ameaças directas e veladas juntamente com as práticas de assédio crescentes», a prevalência de «baixas psicológicas e o aumento do burnout em todas as faixas etárias» e «constantes atropelos a direitos fundamentais, entre eles os da parentalidade», alerta o STEC.

A «Caixa é Dourada» nos lucros, mas de «latão nas condições de trabalho que pratica»! Perante uma situação em que o trabalho é «desumanizado e insustentável», o sindicato questiona quantos mais milhões de euros está a administração da CGD à espera de acumular até, por fim, «ouvir e valorizar os trabalhadores, investindo na melhoria das condições de trabalho e no clima social?».

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