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Milhares de trabalhadores da CGD denunciam aumentos salariais insuficientes

A administração da CGD aprovou, de forma unilateral, depois dos lucros históricos de 2023, aumentos salariais de cerca de 3,25% para todos os trabalhadores. Adesão à greve de hoje superou os 80%, com centenas a sair às ruas.

Greve e concentração de trabalhadores do Grupo Caixa Geral Depósitos CGD. A greve, realizada no dia 1 de Março de 2024, contou com uma adesão de mais de 80%. 
Greve e concentração de trabalhadores do Grupo Caixa Geral Depósitos CGD. A greve, realizada no dia 1 de Março de 2024, contou com uma adesão de mais de 80%. CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

A greve, que encerrou hoje centenas de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD)  em todo o País, foi convocada inicialmente pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), contando depois com a adesão de vários outros sindicatos do sector, como é o caso do Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN). Em causa está a aplicação unilateral, por parte da administração do Grupo CGD, de um aumento salarial de cerca de 3,25% (em média).

O Grupo CGD registou lucros recorde de quase mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano de 2023, tendo anunciado o pagamento de dividendos de 461 milhões de euros em 2024. Dinheiro há, só não está disponível para os que, todos os dias, asseguraram o funcionamento da instituição bancária.

Os aumentos de tabela salarial e de cláusulas de expressão pecuniária foram aplicadas «desrespeitando e ignorando o sindicato, os trabalhadores e a Contratação Colectiva». «A Administração do Banco Público, que é tutelado pelo Ministério das Finanças, tem de dar o exemplo até porque os lucros históricos assim o permitem fazer, sem em nada pôr em causa a sustentabilidade e o dinheiro aos contribuintes devolver», refere o STEC.

Para além da denúncia, a acção de luta reivindicou uma valorização remuneratória de 5,9% com um mínimo de 110 euros para todos os trabalhadores do Grupo.

Na greve realizada no dia de hoje, 1 de Março, os trabalhadores exigem «aumentos salariais que reflictam uma efectiva recuperação da brutal perda de poder de compra ocorrida nos últimos anos, à qual não podemos deixar de juntar os 4 anos de carreira congelados e apagados, ao contrário de toda a Função Pública e Sector Empresarial do Estado».

Centenas de trabalhadores saem à rua, milhares aderem à greve. PCP, BE e o novo secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, participam nos protestos

Em comunicado, o Sintaf/CGTP considerou «importante demonstrar à administração da CGD o descontentamento dos trabalhadores», que enfrentam hoje uma enorme perda de poder de compra e sofrem com o aumento das taxas de juro, que fizeram subir as prestações dos créditos.

«Trabalho digno é um direito, sem eles nada feito» e «o clima de terror não é motivador», centenas de trabalhadores do Grupo CGD protestaram em Lisboa, em frente à sede no Campo Pequeno. Para além de Tiago Oliveira, recém-eleito secretário-geral da CGTP-IN, participaram nestes protestos representantes do PCP e do BE.

«É importante defender uma CGD Pública e forte!», afirmam os mais de 80% dos trabalhadores que aderiram hoje à greve.

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