Escola Pública

Docentes de todos os níveis educativos estão em greve, esta segunda-feira, contra o contínuo «subfinanciamento» imposto por Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid – a que menos investe na Educação.

A falta de professores, fruto de políticas que têm desestruturado a carreira docente, não é um problema exclusivo da Escola Pública.

A paralisação abrange todas as actividades relacionadas com estas provas de avaliação e iniciar-se-á na próxima segunda-feira, 10 de Fevereiro.

Os números divulgados pela tutela foram «martelados» para «servir interesses», acusa a Fenprof, salientando que continua a haver muito mais alunos no ensino público. 

Esta quinta-feira, pelas 11h, a comunidade educativa marcha «por uma verdadeira escola inclusiva» e denúncia do «atraso de vida em que se transformou» a Câmara de Sintra para os trabalhadores não docentes. 

Cerca de cem docentes estão concentrados junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, para exigir o alargamento do apoio financeiro a todos os docentes colocados longe de casa, numa manifestação organizada pela Fenprof. 

Os trabalhadores não docentes exigem a criação de carreiras especiais, aumentos salariais, melhores condições de trabalho e a revisão da portaria de rácios. Esta tarde há manifestação nacional, em Lisboa. 

Celebração e luta, no próximo sábado os docentes farão um desfile em Lisboa para assinalar o Dia Mundial do Professor e alertar para a necessidade da valorização das carreiras e da democratização das escolas. 

Com o objectivo de celebrar o início do ano lectivo, o Município do Seixal vai realizar a Recepção à Comunidade Educativa, um evento que promove o convívio entre professores, educadores, auxiliares de educação, representantes dos pais e autarcas do município.

De norte a sul do país, os portões das escolas voltaram a abrir para receber milhares de estudantes. O início do ano lectivo colocará em evidência todas as fragilidades da escola pública, problemas que a Fenprof considera que se agravaram.

«Uma luta nacional pela criação de carreiras especiais, que permitirá acabar com a falta de pessoal nas escolas, os baixos salários e precariedade», assim se anuncia a paralisação, que ainda pode ser travada pela tutela.

O Conselho de Ministros aprovou um Decreto-Lei que altera o Estatuto do Bolseiro de Investigação de forma a contornar o problema estrutural da falta de professores, sem o resolver. Bolseiros de investigação poderão dar seis horas de aulas por semana. 

O custo do abandono escolar e de carências educativas no mundo é «impressionante»: 10 mil milhões de dólares, de acordo com a Unesco, que alertou também, esta segunda-feira, para o elevado impacto social.

Quando era necessário um investimento estrutural na Escola Pública e um conjunto de medidas para tornar a carreira de docente atractiva, o Governo anunciou que quer contratar docentes aposentados e aumentar horas extraordinárias, tapando o sol com a peneira.