Em comunicado, a Fenprof criticou as propostas como o aumento de horas extraordinárias, a abertura de novo concurso extraordinário com menos vagas do que o anterior e a retirada de professores de funções e projectos essenciais para os estabelecimentos de ensino.
Para a federação sindical, estas medidas pontuais não passam de paliativos, uma vez que não combatem os problemas estruturais do sector, sendo opções que, em última análise, contribuem para a degradação da qualidade da resposta educativa e para a desvalorização da carreira docente.
A a estrutura afecta à CGTP-IN sublinha que o fracasso do «Plano +Aulas +Sucesso» é já evidente, e alerta para o risco de insucesso do novo «Plano +Aulas +Sucesso 2.0». Na visão da Fenprof, a insistência em soluções de curto prazo desvia as atenções da necessidade de enfrentar problemas que têm vindo a ser denunciados há anos.
Entre as críticas, destaca-se também a convicção de que o aumento de vagas nos cursos de Educação por si só não garante a resolução do problema: «Não é o anúncio de mais vagas para os cursos de Educação que resolve o problema hoje e mesmo para o resolver no futuro é imperioso um real investimento na formação inicial, assim como assegurar a atratividade da carreira docente, para que os futuros educadores e professores reconheçam as condições necessárias para fazer essa opção», pode ler-se no comunicado.
«O que se espera e exige, já, é que se desista da opção de continuar a tentar atirar areia para os olhos dos portugueses e se inicie uma efetiva valorização da carreira docente», afirma a Fenprof, apelando a uma verdadeira negociação do Estatuto da Carreira Docente, com horizonte temporal definido e centrada na dignificação da profissão, valorização salarial e atractividade da carreira.
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