Recreio inacabado e interdito, falhas na rede eléctrica, vidros partidos, porta corta-fogo avariada e elevador inutilizado são aspectos denunciados num comunicado da Associação de Pais da Escola EB1 e JI Arco Íris. O processo arrasta-se há quase uma década, com a associação em «permanente contacto» com a Câmara Municipal de Lisboa (CML). «Desde 2016, a Associação de Pais tem alertado a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia dos Olivais para os problemas estruturais do edifício, sem que a situação tenha sido resolvida», lê-se na nota.
«Estamos em permanente contacto com a CML e até à data de hoje continuam-nos a pedir para esperarmos pacientemente», refere um protesto público lançado pela Associação de Pais e «todos os membros da comunidade» escolar, na passada sexta-feira. O Município respondeu na altura estar a aguardar pelo visto do Tribunal de Contas, indicação que, segundo a associação, já tinha fornecido em Maio. «Mais uma vez, o ano lectivo começou sem qualquer avanço no processo», censura o documento. «Da parte do gabinete das Sras. vereadoras Filipa Roseta [PSD] e Sofia Athayde [CDS-PP], pedem à comunidade escolar para aguardar, porém essa espera já tem praticamente quase 10 anos, e há questões de segurança que não podem esperar mais», acrescenta.
A insolvência da construtora interrompeu a obra. «A partir daí foi sempre um turbilhão entre diversos orçamentos municipais, onde aparecia e desaparecia a verba orçamentada para a escola, os concursos públicos a descoberto, ajustes directos, as ditas contratações de empresas, mas sempre sem a obra a acontecer», esclarece a associação, que em 2024, numa sessão da Assembleia Municipal de Lisboa, recebeu a informação de «que se aguardava um crédito com um banco privado para se concluir as obras».
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