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CTT: cinco dias de greve em Figueiró dos Vinhos contra «falta de compromisso»

Em sinal de boa fé, os trabalhadores dos CTT de Figueiró dos Vinhos suspenderam uma luta em 2024, aceitando a palavra da empresa, que se comprometeu a contratar mais pessoas e corrigir as más condições. Nada passou do papel.

Greve geral dos trabalhadores dos CTT de Figueiró dos Vinhos, de 1 a 5 de Setembro. 
Créditos / SNTCT

Depois das greves de 18 a 20 de Dezembro, os responsáveis dos CTT de Figueiró dos Vinhos assumiram o compromisso de a melhorar as instalações e condições de trabalho, assim como o de «reforçar as equipas de trabalho». Meses depois, sem que nada em concreto tivesse sido feito, os trabalhadores convocaram nova acção, de 11 a 13 de Junho, para contestar o marasmo em que a empresa se encontrava.

E a greve foi suspensa, demonstrando os trabalhadores, uma vez mais, a sua boa vontade em todo o processo, destaca o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN). Três meses depois, a empresa continuava a não cumprir com a sua palavra. Para estes responsáveis dos CTT, os compromissos são «para ficar no papel», denuncia o sindicato.

A greve «geral» dos trabalhadores dos CTT de Figueiró dos Vinhos vai prolongar-se ao longo de toda esta semana, contando com uma adesão «quase total». A determinação destes profissionais será ainda «expressa na rua, no próximo dia 4 (quinta-feira) com uma concentração na Praça do Município, a partir das 08h».

Em causa está o incumprimento da «integração de novos trabalhadores, apesar de haver 2 postos de trabalho que ficaram vagos por aposentação, tendo sido ocupados por contratados a termo certo» que já terminaram os seus contratos. O mesmo se passa com a substituição de trabalhadores em férias. O SNTCT acusa ainda os CTT de terem retirado localidades e lugares dos trajectos, «causando grandes problemas tanto no tratamento como na distribuição do correio».

Os trabalhadores exigem a «integração nos quadros da empresa de dois trabalhadores», especificamente «os que terminaram agora os contratos devido ao conhecimento que adquiriram durante estes anos de trabalho»; a contratação «de mais um trabalhador para substituição no período de férias»; «réguas revistas e rectificadas com a maior urgência e com leitura fácil, de forma a não criar problemas de visão».

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