Os protestos dos trabalhadores de ambos os Centros de Distribuição Postal (CDP) são divulgados numa nota de imprensa do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN).
Segundo a estrutura sindical, apesar do pré-aviso de greve ainda estar em vigor até 30 de Março, mantendo a adesão da «grande maioria dos 40 carteiros do CDP de Santarém (Almeirim, Alpiarça e Santarém)», os trabalhadores dos CTT decidiram prolongar a greve até 12 de Abril.
Os carteiros de Santarém contestam a enorme sobrecarga de trabalho e afirmam estar «exaustos» devido «à dimensão das voltas cada vez mais largas, a que acresce a dificuldade da falta de pessoal». Além disso, os funcionários queixam-se da «falta de higiene» nas instalações e dos consequentes «problemas alérgico-respiratórios».
O SNTCT sublinha que os funcionários não obtiveram «a resposta pretendida da gestão da empresa» aos seus problemas laborais. «Antes pelo contrário, as atitudes persecutórias mesquinhas e de intimidação estão a fazer-se sentir», denuncia.
Carteiros de Olhão em greve
Em paralelo, os trabalhadores do CDP de Olhão, no distrito do Algarve, cumprem também uma greve parcial às duas primeiras horas de trabalho. O protesto, ao qual 13 em 16 carteiros aderiram, foi iniciado no dia 18 e que decorre até 28 de Março.
Em nota de imprensa, o SNTCT afirma que os trabalhadores decidiram avançar para a greve perante a «sempre adiada resolução» dos seus problemas, entre os quais a falta de pessoal, o esgotamento físico e psicológico e o agravamento das ameaças.
Além disso, denunciam «a falta de respeito» dos CTT pelo seu «esforço e empenho na tentativa de, ainda assim, prestarem um serviço com um mínimo de qualidade», apesar de serem confrontados com o crescimento significativo dos objectos postais, da «inexistência de tempos para "pistolagem" de registo», que aumentam o tempo de distribuição, e o «absurdo do serviço volumoso não caber nas malas».