Já há previsão de entrega da luta dos trabalhadores dos CTT. Sejam parciais ou greves de 24h, trabalhadores de Centros de Distribuição Postal (CDP) dos CTT de vários pontos do País vão, ao longo do mês de Julho, contestar a estrutural falta de profissionais, sem os quais não é possível garantir o normal funcionamento do serviço público postal (privatizado em 2014, pelo anterior Governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho).
A liderar o pelotão estão os trabalhadores dos CDP 4100 e 4200 do Porto. Arrancou hoje, 30 de Junho, um período de 48h de greve, que só terminará no final desta terça-feira, 1 de Julho. Para além da falta de trabalhadores, a acção de luta prende-se com a ausência de «contratação para substituição de trabalhadores para o período de férias»; horários que «não permitem a melhor prestação de trabalho» e a «climatização dos locais de trabalho».
Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) denuncia ainda as «dobras recorrentes de giros», que consiste na «substituição de trabalhadores ausentes sem contratação ou pagamento de trabalho suplementar». Esta medida contribui «de forma gravosa para o estado de exaustão físico e psicológico, compromete a qualidade de serviço e penaliza os cidadãos da cidade do Porto».
Os trabalhadores dos CDP 4100 e 4200, no momento de aprovar esta acção de luta nos plenários organizados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), denunciaram a degradação das suas condições de trabalho, «numa empresa em que o objectivo central é gerar lucros para os accionistas, em detrimento do serviço público e das condições de trabalho e salariais de quem, diariamente, assegura o funcionamento da empresa».
Até ao momento, estão já convocadas greves parciais de várias semanas nos CDP do Funchal, Évora e Palmela/Pinhal Novo, e uma paralisação de 24h em Alenquer/Azambuja.
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