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Nem uma, nem duas – o carteiro nem sempre toca em algumas terras

Os giros dos carteiros em Figueiró dos Vinhos e Pampilhosa da Serra não são «exequíveis» nos horários de trabalho, impedindo a entrega do correio nos prazos correctos. Greve convocada pelo SNTCT/CGTP de 11 a 13 de Junho.

Greve dos carteiros do Centro de Distribuição Postal de Figueiró dos Vinhos em Dezembro de 2024, que contou com uma adesão de 100% nesta localidade e em Pampilhosa da Serra. 
Créditos / Fectrans

Com base nos resultados obtidos numa análise às condições de trabalho no Centro de Distribuição Postal (CDP) de Figueiró dos Vinhos e Pampilhosa da Serra, os CTT anunciaram no final do ano passado, após uma acção de greve, que seria feito «um reforço da capacidade operacional no decorrer do primeiro trimestre de 2025». Ao final do mês de Maio, não só não foram integrados novos trabalhadores como não foram substituídos os dois que se reformaram.

Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) denuncia o incumprimento da «integração de novos trabalhadores, apesar de haver 2 postos de trabalho que ficaram vagos por aposentação, tendo sido ocupados por contratados a termo certo, que neste momento terminaram os seus contratos». O mesmo se passa com a substituição de trabalhadores em férias.

Os giros realizados diariamente pelos carteiros nestes dois concelhos «foram revistos», acrescenta o sindicato, mas «ao contrário» do que foi dito aos trabalhadores, «de que seria necessário acrescentar mais um giro», tudo continuou na mesma: as populações continuarão a enfrentar «as dificuldades em cumprir com os prazos de entrega do correio».

O SNTCT acusa ainda os CTT de ter retirado localidades e lugares dos trajectos, «causando grandes problemas tanto no tratamento como na distribuição do correio».

Com greve convocada para os dias 11, 12 e 13 de Junho, os trabalhadores exigem a «integração nos quadros da empresa de dois trabalhadores», especificamente «os que terminaram agora os contratos devido ao conhecimento que adquiriram durante estes anos de trabalho»; a contratação «de mais um trabalhador para substituição no período de férias»; «réguas revistas e rectificadas com a maior urgência e com leitura fácil, de forma a não criar problemas de visão».

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