MPPM convoca solidariedade com a Palestina para a Volta a Portugal

A Israel Premier Tech Academy não está a disputar os lugares cimeiros da competição de ciclismo. A três etapas do fim da 86.ª Volta a Portugal, ocupam o 11.º lugar (em 16) na classificação por equipas e, na classificação individual, o atleta mais bem destacado é Zachary Marriage, em 13.º lugar.

Para uma formação cujo principal objectivo é o sportswashing, a equipa de Israel já cumpriu o seu propósito: desviar a atenção para os crimes genocidas das forças de ocupação israelitas através da sua participação em competições desportivas.

O dono da equipa, o multimilionário israelo-canadiano Sylvan Adams, defende que a Israel Premier Tech Academy é «apolítica», embora assuma que recebe financiamento directo do Estado de Israel, através do Ministério do Turismo. Com mais franqueza, uma das figuras mais relevantes da história da equipa, Guy Niv (primeiro israelita a participar na Volta a França), afirmou em 2021 que todos os atletas da equipa, tenham ou não nacionalidade israelita, são «embaixadores da nação. Não temos um patrocinador como as outras equipas, a nossa marca é Israel e levamos o nome de Israel para onde quer que vamos».

Na sequência do que tem feito ao longo de toda a prova, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) está a convocar toda a população a estar presente na última etapa, em Lisboa, às 15h, para empunhar bandeiras palestinas numa acção de solidariedade com este povo, martirizado pela barbárie sionista. A concentração será feita na Av. de Ceuta.

«Estes "embaixadores" não são bem-vindos a Portugal e são convidados indesejados na grande festa popular que é a Volta a Portugal em Bicicleta», defendeu o movimento, dias antes do início da competição, reiterando «a sua total solidariedade com o povo palestino» na sua luta pela liberdade e dignidade.