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|Economia

Contas públicas de 2017 mostram que é possível reforçar investimento público

Sem juros, Estado teria superávite de quase 3% do PIB

O saldo primário das administrações públicas, sem contar com a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, foi de mais de 5,6 mil milhões de euros, em 2017. Juros equivalem a 57 anos de manuais escolares para todos.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, durante a conferência de imprensa sobre os dados relativos às contas públicas de 2017, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. 26 de Março de 2018
O ministro das Finanças, Mário Centeno, durante a conferência de imprensa sobre os dados relativos às contas públicas de 2017, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. 26 de Março de 2018CréditosAntónio Cotrim / Agência LUSA

De acordo com os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a despesa do Estado com juros ascendeu a 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja 7,5 mil milhões de euros, no ano passado. Esse valor seria suficiente para pagar mais de 57 anos de manuais escolares para todos os estudantes do Ensino Básico e Secundário que frequentam estabelecimentos da rede pública.

O valor pago em juros em 2017 teve uma ligeira redução em relação a 2016. A poupança, sublinhada hoje em conferência de imprensa pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, não chegou a 300 milhões de euros.

Já o investimento público, apesar da subida de 1,5% para 1,8%, continua num dos níveis mais baixos de sempre. No Orçamento do Estado (OE) para 2017, o Governo previa que o investimento chegasse a 2,2% do PIB – uma diferença de mais de 770 milhões de euros. Se o Executivo tivesse cumprido a meta do investimento, o défice seria igual ao previsto no OE2018 e inferior ao previsto no OE2017.

A vontade de cumprir os ditames orçamentais de Bruxelas – onde Mário Centeno encontrou um lugar, na presidência do Eurogrupo – fez com que não tivessem sido dadas respostas a necessidades prementes, como na Saúde ou nos Transportes.

Também na dívida pública, os número enganam. Se o valor desce de 129,9% para 125,7% do PIB, isso só acontece porque a economia cresceu. Em termos nominais, a dívida pública portuguesa voltou a subir em 2017 quase 2 mil milhões de euros, voltando a bater todos os recordes – ficou em 242 620 milhões de euros.

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