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|baixos salários

Salário Mínimo: Portugal continua na cauda da Europa

Os dados são da Eurostat que faz a avaliação da evolução dos salários mínimos na Europa. Portugal continua na cauda da Europa e este é o indicador de comparação que o Governo opta por não mencionar. 

Quando os trabalhadores gritam «é justo e necessário o aumento do salário», gritam porque sentem o quão baixo é o salário mínimo nacional. Apesar dos aumentos que se registaram nos últimos anos graças à luta dos trabalhadores e acção do PCP que obrigaram o Partido Socialista a tal, Portugal continua entre os países com o salário mínimo nacional mais baixo. 

Os dados são da Eurostat que lançou ontem uma tabela que demonstra os níveis e o crescimento médio anual dos países da União Europeia. Segundo os dados apresentados Portugal está próxima dos valores de Chipre, Grécia, Lituânia e Malta. A conta não foi feita somente com o valor do salário mínimo isolado, sendo contabilizado a soma anual dos vencimentos, ou seja, 14 meses com os subsídios de férias e Natal, o que perfaz o valor mensal bruto português para efeitos estatísticos corresponde a 886,67 euros.

Neste sentido, Portugal fica entre o lote de 14 países com salários mínimos brutos abaixo de mil euros. Para facilitar a análise, a Eurostat dividiu os países em três grupos. No terceiro grupo referente ao rendimento mínimo mais baixo, Portugal é o terceiro país com o salário mínimo mais elevado, ficando ainda longe do último país do segundo grupo, a Eslovénia, que tem um salário de 1203 euros.

A liderar, no grupo 1, estão o Luxemburgo, a Alemanha, os Países Baixos, a Bélgica, a Irlanda e a França. O primeiro país tem um salário mínimo de 2508 euros brutos; a Alemanha, a maior economia da zona euro, tem um salário mínimo de 1997 euros; os Países Baixos uma retribuição mínima de 1995 euros; a Bélgica com 1955 euros; a Irlanda, 1910 euros; e por último a França, a segunda maior economia da moeda única, com um mínimo de 1747 euros.

Num contexto em que se faz sentir os impactos de uma inflação que fustiga quem trabalha, o Governo português aumentou o salário mínimo nacional em 2023 para os 760 euros, mas abaixo da espiral inflacionista, o que levou a um empobrecimento de quem já pouco tinha. Sendo este um facto concreto, ainda esta semana no debate do estado da Nação, o primeiro-ministro optou mais uma vez por falar em médias salariais e na «classe média».

A direita que tanto fala em impostos, poderia então ver os dados da Eurostat e entender que os locais para onde os trabalhadores emigram, são escolhidos mediante os elevados salários e não mediante impostos e para isso basta ver os dados. 

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