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|Crianças

Aumento da pobreza reduz acesso dos mais novos a cuidados de saúde 

Agregados com crianças até aos 15 anos estão a recorrer menos a serviços de saúde por falta de dinheiro. Em 2022, 15,63% das famílias com crianças e jovens não foram ao médico, apesar de estarem doentes.

Créditos / oseculo.pt

A conclusão, que decorre de um trabalho realizado por dois investigadores da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa [Nova School of Business and Economics for Policy (SBE)], não surpreende, se se tiver em conta a insuficiência dos salários face ao brutal aumento do custo de vida, num país onde mais de um em cada dez trabalhadores é pobre. 

Segundo o trabalho dedicado ao «Acesso das Crianças a Cuidados de Saúde», a pobreza está a impedir muitas famílias de irem a consultas ou urgências, apesar de os menores estarem isentos das taxas moderadoras.

No ano passado, 15,63% das famílias com crianças e jovens até aos 15 anos não foi visto por um profissional de saúde apesar de estar doente, um agravamento face a 2021, ano em que 13,33% dos agregados não acederam a cuidados de saúde.

Os investigadores quiseram perceber se esta redução se poderia atribuir a episódios de doença menos graves, mas detectaram que as crianças de famílias mais carenciadas enfrentavam «barreiras de acesso de natureza financeira mais elevada». Ou seja, num país onde os menores estão isentos de pagar taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, «provavelmente subsistem dificuldades noutras despesas associadas com o acesso a cuidados de saúde», alertam.

Os autores afirmam que o problema «reside na pobreza infantil» e apontam a necessidade de «(re)avaliar a implementação de políticas de protecção social abrangentes», apesar de a falta de salários dignos, geradora de desigualdades, ser o grande alicerce das carências que vêm aumentando no nosso país e onde o Estado insiste em não ser exemplo. Veja-se a actualização salarial da Função Pública para 2024, de 52 euros, obrigando os trabalhadores, tal como denunciou a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (Frente Comum/CGTP-IN), a «continuar a empobrecer». 

Em 2020, Portugal era o oitavo país da União Europeia com maior taxa de risco pobreza ou exclusão social.


Com agência Lusa

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