baixos salários

A montanha não vai a Maomé, mas os trabalhadores dos transportes colectivos municipais vêm a Lisboa. O STAL/CGTP convocou um plenário nacional e protesto no Ministério das Finanças para o dia 17.

Os trabalhadores em prestação de serviço na NOS, a desempenhar «funções cada vez mais complexas e qualificadas», continuam sujeitos ao salário mínimo. É uma amostra do que o Governo pretende normalizar com a reforma laboral.

Os dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores, relativos ao segundo trimestre deste ano, revelam que a Região persiste no modelo económico assente nos baixos salários.

Enquanto os lucros da banca e dos grandes grupos económicos aumentam alegremente, os rendimentos das famílias portuguesas sofrem a maior queda da OCDE, no primeiro trimestre de 2025.

Em 2023, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) afirmava serem necessários «mais factores de atracção» para as carreiras. É que o «custo do trabalho» é demasiado elevado para um sector com receitas de milhares de milhões anuais.

A ex-candidata presidencial que prometeu levar a sua candidatura até ao fim porque não é pessoa «de desistir», Mariana Leitão, é agora candidata única à liderança da Iniciativa Liberal e na sua moção de estratégia global promete facilitar despedimentos e diminuir indemnizações. 

O PCP realizou hoje a «Marcha: Cumprir a Constituição. Aumentar Salários e Pensões, para uma vida melhor», em Lisboa e no Porto. Os comunistas entregaram na Assembleia da República uma petição com 140 mil assinaturas que dá força ao caminho que apontam para o país. 

O El Corte Inglés, cadeia com 2 lojas em Portugal, aplicou um salário mínimo de 925 euros, «insuficiente» para o custo de vida e «discriminatório» para os trabalhadores com vários anos de carreira, acusa o CESP/CGTP.

A Coca-Cola quebrou unilateralmente as negociações com o SINTAB/CGTP e aplicou um parco aumento de 3%, colmatado por pequenos prémios sujeitos a quatro critérios inatingíveis para os trabalhadores.

11 mil por minuto, 670 mil por hora, 16 milhões por dia, 482 milhões por mês, quase 6 mil milhões de lucros por ano. Apesar disso, a Inditex, dona da Zara, recusa-se a pagar aquilo que os seus trabalhadores merecem.

Sujeitos «a um ataque desenfreado aos seus direitos e a uma política de baixos salários», responsável por um empobrecimento crónico na área, o sector social vai paralisar no dia 21 de Março.

«17 anos, 6205 dias e 4 governos depois, os trabalhadores continuam à espera da revisão das carreiras», acusa a FNSTFPS/CGTP-IN. Greve afecta instituições públicas como o IPMA ou a carreira de Vigilantes da Natureza.

A Solverde encerrou o exercício de 2023 com um volume de negócios que ultrapassou os 146 milhões de euros, no entanto, segundo Sindicato de Hotelaria do Norte, a empresa paga o salário mínimo a muitos trabalhadores, o que obrigou à apresentação de caderno reivindicativo.

A Auchan lançou em 2024 a Auchan Respect, para «reforçar a proposta de valor para os atuais e futuros colaboradores», mas a realidade mostra uma situação muito diferente, em que o «respect» ficou na gaveta.

O Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT/CGTP-IN) emitiu um comunicado no qual dá conta que os trabalhadores da WT Play realizaram pela primeira vez um primeiro presencial na sede da empresa.

Apesar de várias reuniões, «não foi possível negociar» o contrato colectivo para 2025, denuncia a Fesete. Associações patronais recusaram «salários dignos» e aumento do subsídio de refeição, que é de 2,5 euros.