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|Israel

Embaixada israelita tenta coagir organizações LGBTI+ portuguesas

A embaixada israelita em Portugal pediu a várias associações e colectivos LGBTI+ «para se posicionarem a favor da sua narrativa». A comunidade «não é um instrumento de justificação de genocídios», defende a rede ex aequo.

<em>You can't pinkwash colonialism, queers for Palestine /</em> Não podem fazer <em>pinkwashing</em> ao colonialismo, <em>queers</em> pela Palestina
You can't pinkwash colonialism, queers for Palestine / Não podem fazer pinkwashing ao colonialismo, queers pela PalestinaCréditos / quillette

«As instituições israelitas têm apelado aos valores da comunidade» LGBTI+ com o objectivo de cultivar solidariedade para com as acções das forças de ocupação israelitas na Faixa de Gaza e Cisjordânia, procurando legitimar o «tratamento desumano e genocídio das pessoas palestinianas» com base numa «campanha de pinkwashing», termo usado para descrever a apropriação de movimentos e posições LGBTI+ para promover uma organização, partido ou Estado, escondendo preconceitos, más intenções ou crimes.

«Por mais que esta narrativa seja impingida, não nos consegue fechar os olhos», refere a rede ex aequo, em comunicado: «a guerra não é em nome da luta contra a LGBTI-fobia, é em nome das pretensões israelitas para a ocupação ilegítima de um território e o genocídio do povo palestiniano».

A embaixada Israelita em Portugal, ao invés de se limitar ao cumprimento da sua missão diplomática, tem andado a contactar directamente várias associações e colectivos LGBTI portugueses insistindo para que estes se posicionassem «a favor da sua narrativa», acusa a rede. Todos os activistas que não o façam, são acusados «de apoiar homofobia, antisemitismo e “terror brutal” por não seguir a sua linha de pensamento».

Vários criadores de conteúdos nas redes sociais têm denunciado repetidas tentativas por parte do Estado israelita de, através do pagamento de somas significativas, convenceram influencers a espalhar propaganda sionista.

A comunidade LGBTI «não é um instrumento de justificação de genocídios e nunca se colocará ao serviço desta narrativa», cedendo à chantagem da embaixada de Israel e do seu embaixador, Dor Shapira. A rede ex aqueo, associação LGBTI, posiciona-se «do lado dos direitos humanos» e na defesa de um cessar-fogo, «como primeiro de muitos passos ainda necessários para a total libertação e desocupação» da Palestina.

Em Outubro, Shapira procurou, publicamente, coagir partidos políticos portugueses, partilhando nas suas redes sociais mensagens em que os acusa de «justificarem o massacre de crianças judias». Ainda que não justificando, Dor Shapira recorre à memória das vítimas civis para os seus próprios projectos e ambições políticas, situação que agora se repete com a chantagem promovida contra associações LGBTI+ em Portugal.

A rede ex aequo é uma rede de apoio, quebra de isolamento e activismo para jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo e apoiantes entre os 16 e os 30 anos. Em 2022, 44 organizações e colectivos portugueses denunciaram, em carta aberta, um evento de orgulho LGBTI+ organizado pela Embaixada de Israel, em Lisboa: «não há libertação queer sem a libertação do povo palestiniano».

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