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|habitação

Direito à Habitação cada vez mais hipotecado

Acompanhando toda a espiral de inflação, o direito à habitação está cada vez mais condicionado e entregue à especulação. A guerra apresenta-se como o bode expiatório para um direito cada vez mais desprotegido. 

Lisboa é a cidade onde os preços da habitação são mais elevados
Lisboa é a cidade onde os preços da habitação são mais elevadosCréditos / Pixabay

As noticias não são animadoras para quem vive do seu trabalho e está confrontado com um aumento generalizado do custo de vida. Desta feita verificar-se-à mais um aumento, mas agora nas rendas e nas prestações do crédito à habitação.

Começando com as rendas, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) - que mede um conjunto de bens e serviços representativos da estrutura de despesa de consumo da população residente em Portugal sendo um indicador da respetiva variação – indica que o mês de agosto irá fechar nos 9,0% de inflação, menos 0,1 que no mês de Julho. Confirmando-se estes dados, regista-se uma variação média nos últimos na inflação nos últimos 12 meses de 5,3%.

Olhando de forma isolada, estes dados poderiam significar pouco não fosse o IPC um indicador utilizado para definir até onde pode ir a actualização das rendas e contribuindo assim para o incremento da especulação imobiliária. O mês de Agosto é importante porque é mês final que encerra o cálculo da variação média do ano, sendo posteriormente publicado em Diário da República, entrando em vigor em Janeiro do próximo. Desta forma, uma casa cuja renda é 800€ poderá aumentar 42,40€.

Relativamente às casas compradas, apesar do mecanismo ser diferente, o futuro também não é animador. As prestações pagas aos bancos pelo crédito à habitação irão também subir uma vez que as taxas Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses nesta quarta-feira atingindo novos máximos. As taxas Euribor, que são as mais recorrentes no crédito à habitação, sofreram aumentos, uma alteração que afecta directamente as taxas de juro variáveis pagas aos bancos. A taxa de juro que o banco cobra resulta da soma do spread (geralmente fixo) e da Euribor (o indexante variável).

As taxas de Euribor mais utilizadas para o crédito à habitação são a três meses e 12 meses e enquanto a primeira esteve negativa durante sete anos e dois meses, a segunda disparou a 12 de Abril pela primeira desde 05 de fevereiro de 2016.

A subida das taxas Euribor já vinham desde antes do inicio da Guerra no Leste da Europa mas são também consequência directa das subidas das taxas de juro anunciadas pelo Banco Central Europeu através do aumento das taxas de juro diretoras, a primeira em 11 anos, provocando assim uma desvalorização dos salários.

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