A conclusão é do estudo «The Cost of Living Crisis: How big is the gap between outgoings and incomings around the world?» (A crise do custo de vida: qual é a diferença entre as despesas e os rendimentos em todo o mundo?), da seguradora inglesa CIA Landlord, que compara 56 cidades com base no salário disponível depois de subtraído o custo de vida (onde se incluem despesas essenciais como a luz, água, gás, alimentação e transportes) e o valor da renda de um apartamento de tipologia T3.
No caso de Lisboa, e tendo em conta o salário médio líquido de 878 libras (1037 euros), constata-se a necessidade de outras fontes de rendimento para chegar ao final do mês, tendo em conta que o valor médio da renda é de 1377 libras (1625 euros) e o custo médio de vida de 475 libras (561 euros).
Significa isto que são precisos mais 1149 euros de salário disponível para viver na capital, valor que em Roma (Itália) sobe para 1411 euros e em Londres (Reino Unido) se situa nos 1264 euros. Valores que denunciam a impossibilidade de trabalhadores com rendimentos mais baixos viverem nas grandes cidades, obrigando a longos movimentos pendulares, e alertam para a necessidade de rendas acessíveis e aumento dos salários.
De acordo com a análise, é na capital da Suíça (Berna) que existe maior rendimento disponível, sobrando 1208 libras (cerca de 1417 euros) depois de pagar a renda e restantes despesas essenciais.