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|fascismo

Contestação à reabilitação de Salazar em Santa Comba Dão

«A persistência e o carácter populista» dos que defendem a reabilitação de Salazar e do fascismo atira por terra qualquer ideia de um «centro interpretativo do Estado Novo», defende um conjunto de democratas.

Créditos / vozdooperario.pt

A tomada de posição «contra o branqueamento e exaltação do fascismo e de valorização da resistência e luta pela liberdade», surge em reacção à intenção, de que a Câmara Municipal de Santa Comba Dão nunca abdicou, apesar da condenação por parte da Assembleia da República, de reactivar o projecto de museu dedicado à figura do ditador. 

«Estamos num momento em que é decisivo o empenho e intervenção dos democratas e antifascistas, em particular da região das Beiras, para que o projecto de criação de um espaço de reabilitação do fascismo e de Salazar em Santa Comba Dão seja abandonado em definitivo», lê-se no documento tornado público, esta quarta-feira, subscrito por um conjunto de antifascistas, democratas e patriotas da Região das Beiras.

Os signatários, como Conceição Matos, ex-presa política, Henrique Amoedo, director artístico do Teatro Viriato, vários membros da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) e o astrofísico Nuno Peixinho, assumem que, depois da derrota das duas anteriores tentativas de criação deste espaço, sob a capa de «Museu» ou «Centro de Interpretação» com a designação de Salazar ou de «Estado Novo», «é indispensável a mobilização de todos contra esta afronta ao regime democrático».

Recordam que «não é novo o projecto de reabilitação da figura de Salazar e do fascismo», não sendo nova também a «rejeição do povo português a tal intento», e que se traduziu na subscrição, por mais de 35 mil antifascistas, democratas e patriotas, de duas petições da URAP e na «tomada de posição unânime da Assembleia da República em 2007 e da sua Comissão Permanente em 2019».

Os subscritores, onde se incluem outros nomes, como os de Fernando Adão, ex-preso político, Ana Seia de Matos, designer e artista plástica, Sérgio Dias Branco, professor auxiliar de Estudos Fílmicos da Universidade de Coimbra, Lília Basílio, técnica superior de História e Arqueologia, e da prodessora Manuela Silva, entre muitos outros, consideram que o objectivo da reabilitação da figura de Salazar «deve ser definitivamente travado e abandonado porque constitui uma afronta à democracia e à Constituição da República Portuguesa». Ao mesmo tempo que valorizam o Museu Nacional Resistência e Liberdade em Peniche e o Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, enquanto «baluartes da resistência e luta pela liberdade».

Defendem que «a persistência e o explícito carácter populista dos que defendem a reabilitação da figura de Salazar e do fascismo em Santa Comba Dão, ou em qualquer outro lugar, atira por terra qualquer ideia de "um local de estudo e centro interpretativo do Estado Novo" ou de um pólo de desenvolvimento do concelho», assumindo-se antes como «instrumento de congregação de saudosistas do passado e centro de divulgação e acção, enquadradas na matriz e na concepção corporativa/fascista que a maioria do povo português sofreu sob o "Estado Novo"».

Neste sentido, apelam aos democratas da Região das Beiras e de todo o País para que não cessem a luta e resistência às intenções de abertura deste ou de qualquer outro projecto com sentido idêntico.

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