O 3.º Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro entre os dias 4 e 8 de Abril de 1973, contou com a participação de mais de 4000 antifascistas, dando um significativo impulso para «a queda do regime fascista e colonialista que durante 48 anos governou Portugal» e constituindo «um factor de consciencialização para os oficiais das Forças Armadas», refere, em comunicado, a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
De entre «os objectivos imediatos, possíveis de atingir através da acção unida das forças democráticas», definidos pelos participantes no final do congresso estava o: «Fim da guerra colonial; Luta contra o poder absoluto do capital monopolista; Conquista das liberdades democráticas».
No último dia do 3.º Congresso da Oposição Democrática, o fascismo mobilizou a polícia de choque para impedir a romagem à campa de Mário Sacramento, militante comunista, preso e torturado múltiplas vezes, inspirador dos Congressos de Aveiro, falecido em 1969. Centenas de pessoas foram espancadas pela polícia na principal avenida de Aveiro, acentuando a brutalidade do regime contra o qual os democratas se insurgiam.
De todo o País, assinalando os 50 anos volvidos sobre este importante marco na história da luta antifascista, centenas de pessoas vão participar na sessão evocativa organizada pela URAP, a ter lugar no Auditório do Centro de Cultura e Congressos de Aveiro, com início às 14h30 (dia 1 de Abril) e de entrada gratuita.
Pelas 16h, a URAP vai realizar um desfile em homenagem aos democratas de Aveiro. Desta vez, num Portugal ressuscitado. «Lembrar e agradecer aos que combateram contra o fascismo é um dever e é lutar pela continuação da liberdade e da democracia!».
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