O Dia dos Direitos Humanos celebra-se todos os anos, no dia 10 de Dezembro, em virtude da adoção pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948. Se foi importante o reconhecimento dos direitos, mais importante é cumpri-los, mas há ainda muito por fazer.
Foi neste sentido que o Movimento Erradicar a Pobreza, emitiu um documento para assinalar e lembrar a data. O documento em questão tem um conjunto de dados que demonstram que erradicar a pobreza é um desafio longe de estar concluído e a realidade confirma-o.
No documento pode ler-se que «a crua realidade da situação da pobreza surge-nos como um filme quando lemos a informação do Instituto Nacional de Estatística e as notícias que nos trazem os jornais» e dá um conjunto de dados que sustentam a afirmação.
Em 2022, 2.006 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social;
Em 2020, existiam 49.694 reformados a receberam pensões até 111,52€; 217.533 a receberem pensões entre 111,53 euros e 275,29 euros; 1.101.218 a receberem pensões entre 275,30 euros e 438,81 euros;
Sem-abrigo aumentaram 78% em quatro anos;
Seis em cada 10 pessoas têm dificuldade em pagar casa;
O número de jovens com casa própria cai para metade. Numa década, proprietários entre os 24 e os 34 anos recua de 300 mil para 150 mil. Baixos salários e dificuldades em obter crédito impedem acesso a habitação;
Dispara desemprego entre jovens e 50% do emprego é precário;
42% da riqueza concentrada em 5% da população;
Dados de 2022 revelam recrudescimento de fluxos para offshores. Portugueses enviam 7.400 milhões de euros;
11 milhões de euros por dia. Foi este o lucro dos grandes bancos na primeira metade do ano;
Assim, para o movimento, esta situação contrasta com a Declaração Universal dos Direitos Humanos que assume a pobreza como uma das violações desses mesmos direitos.
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