Desde 1 de Julho de 2022, quando a Carris Metropolitana assumiu a rede de transportes públicos rodoviários nos concelhos a sul do Tejo da Área Metropolitana de Lisboa, acumulam-se reclamações por parte dos utentes, diariamente confrontados com vários constrangimentos causados pelas empresas privadas que prestam este serviço: a «supressões de carreiras, falta de informação e incumprimento dos horários, alteração dos trajectos e mais tempo gasto nas suas deslocações».
A Transportes Sul do Tejo (TST) e a ALSA/TODI foram as empresas privadas que assumiram a concessão dos transportes rodoviários, sob a égide da Carris Metropolitana. Embora se tenham comprometido com estes serviços e horários, as empresas privadas não têm cumprido os mínimos exigidos, o que já motivou a aplicação de multas pelo não cumprimentos de horários e carreiras.
«Esta situação provoca um enorme desgaste físico e psicológico aos utentes, roubando-lhes qualidade de vida», lamentam, em comunicado, as Comissões de Utentes da Península de Setúbal.
«Os utentes exigem que as administrações destas empresas dignifiquem a carreira de motorista e criem condições atractivas para a captação dos profissionais necessários para cumprirem os contratos de concessão e a prestação do serviço público».
A desculpa usada por ambas as empresas, de que existe uma «falta de motoristas», não cola com os utentes: «é público que há motoristas a sair destas empresas para outras, onde têm melhores condições de trabalho e uma maior remuneração».
Confrontados com estas dificuldades, os utentes decidiram convocar uma concentração para amanhã, dia 11 de Outubro, terça-feira, para reclamar à TST e à ALSA/TODI o cumprimento dos contratos de concessão e das carreiras e horários estipulados.
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