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|criação artística

STOP. Um complexo cultural que o Porto luta para manter

Uma proposta pela continuidade do STOP como centro cultural foi esta manhã à reunião do Executivo da autarquia. Ministro da Cultura já foi chamado ao Parlamento e está marcada manifestação para 22 de Setembro.  

A maioria das lojas utilizadas por músicos, selada em 18 de Julho, reabriu a 4 de Agosto com a presença permanente dos bombeiros CréditosEstela Silva / Agência Lusa

Para a reunião pública do executivo da Câmara do Porto, esta segunda-feira, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, levou uma proposta com vista à alteração do despacho do presidente Rui Moreira, no qual ordena a «cessação da utilização do edifício, de todas as fracções autónomas e do parque de estacionamento aberto ao público do referido edifício, fixando o prazo de 10 dias úteis para o cumprimento voluntário». 

A coligação PCP-PEV quer que a autarquia reverta a decisão de encerramento e opte pela «continuação do desenvolvimento das negociações e diligências» para reforçar as condições de segurança do STOP, «dando o prazo necessário para a execução das obras imprescindíveis». Da mesma forma, na passada sexta-feira o grupo parlamentar comunista apresentou um requerimento para a audição do ministro da Cultura, da Associação ALMA STOP e da Associação Cultural de Músicos do STOP (ACM STOP) sobre os danos que este encerramento provoca à actividade cultural da Invicta. 

Na proposta que hoje foi a discussão na Câmara do Porto, a CDU lembra que, «como é habitual», o relatório produzido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no seguimento da vistoria realizada ao local, não determina o encerramento do espaço, mas antes as «medidas necessárias ao estrito cumprimento das regras de segurança».

Já quanto ao Executivo de António Costa, exige que este adopte «todas as medidas necessárias para garantir que os mais de 500 músicos que trabalham, ensaiam e criam no STOP possam continuar a desenvolver as suas actividades naquele local complementado pelas instalações da Escola Pires de Lima». 

«O Governo, e designadamente o Ministro da Cultura não pode continuar indiferente a esta grave situação que pode destruir um complexo cultural que os músicos souberam construir num centro comercial desajustado e praticamente abandonado, transformando-o num exemplo da cidade do Porto, da região e do próprio país», alerta a proposta da CDU.

Aberto em 1982 como centro comercial, na Rua do Heroísmo, o STOP funciona há mais de 20 anos fundamentalmente como espaço cultural, com as diversas fracções dos pisos a serem usadas como salas de ensaio e estúdios de trabalho e criação cultural por muitos artistas, na sua maioria músicos que, no seguimento do despacho da autarquia, de 4 de Setembro, voltam a sair à rua para nova manifestação no próximo dia 22, com início na Avenida dos Aliados, no Porto. 

Entretanto, a petição «Em Defesa dos Músicos do CC STOP, do Porto, da Cultura e da Transparência no Processo Urbanístico», lançada a 28 de Agosto, continua a recolher assinaturas. Actualmente são perto de 6000 os signatários, destacando-se nomes como os de Ana Matos (Capicua), Carolina Deslandes, Lena D'Água, Manuela Azevedo (Clã), Afonso Cruz (escritor, cineasta e músico), Bernardo Costa (AGIR), Ana Nave (actriz) e Sérgio Godinho.

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